Política

ALIANÇA GOVERNISTA ROMPERÁ ANTES DE 2018

ALIANÇA GOVERNISTA ROMPERÁ ANTES DE 2018

Magno Pires

 

            Exclusivamente as habilidades políticas do Governo Wellington Dias (PT) e do Senador Ciro Nogueira (PP) estão mantendo essa coligação multipartidária que sustenta a gestão política e administrativa do Chefe do Poder Executivo. A diplomacia dos dois sustenta e estabiliza o governo. Os arredores governistas, entretanto, ardem e pegam fogo, com criticas intrapartidárias à coligação.

As vaias ao Senador Ciro dos petistas presentes à solenidade de inauguração de um conjunto habitacional é apenas mais um problema grave no relacionamento, já difícil, dos dois líderes, que se esgarça constantemente; devendo chegar ao ponto final bem antes das eleições de 2018.

            Esse comportamento dos petistas em relação ao Senador Ciro é porque, certamente, estão achando que a reeleição do Governador não passa por uma vasta e ampla coligação. Exclusivamente o PT não faz o governo. Não assegura a reeleição de Wellington. Ainda que Lula possa ser candidato.

            O governador não rebate as críticas e/ou determina aos partidários que deixam de fazê-las; juntamente porque o PT detém várias ramificações intrapartidárias sobre as quais não tem nenhum controle nem sequer sobre o partido. A Senadora Regina Souza, o deputado federal Assis Carvalho, presidente do PT, e o Secretário Merlong Solano detém o controle da agremiação. E estão acima do Poder Executivo e da liderança do governador. São fortes resquícios do partido comunista da Rússia que ainda refletem na organização petista. Ele, ainda, não se desvinculou desses estigmas da era stalinista russa. Por isso, está sucumbindo. Não se renova.

            As vaias e críticas continuarão contra o senador aliado Ciro Nogueira. Mas isso explodirá brevemente. E levará o PMDB e mais alguns atuais coligados. E assim a oposição, embora o forte apelo popular do governador, tomará o poder. Esses radicais petistas, quero ressaltar, inviabilizarão a reeleição do seu maior líder. E é tudo isso o que as oposições desejam.

            Apenas o PMDB, como maior coligado, admitindo-se a saída de Ciro do PP, não assegurará a reeleição de Wellington. O PP, repito, é o maior apoio político-eleitoral do Chefe do Poder Executivo. Até porque tem a vice-governadora e mais prefeitos que o PMDB.

            O PMDB – todos sabem – é governista desde o nascimento. E sabendo que poderá perder apoio com Wellington, pela dissidência de Ciro e do PP, não ficará no governismo decadente; acompanhará o PP e a oposição, que poderão ser vitoriosos, com João Vicente, João Henrique, dr. Pessoa, Firmino e qualquer outro candidato ao governo.

            Outro coligado do petista é o deputado federal Júlio César (PSD), com o grande líder popular dr. Pessoa, que quer ser candidato ao governo estadual. Júlio também postula uma vaga no Senado. O PSD, embora a liderança de Júlio Cesar, poderá perder o apoio de dr. Pessoa, que deverá se filiar a outra agremiação, para poder ser virtual postulante ao Palácio de Karnak.

            O dr. Pessoa, quer queiram ou não todos os políticos do Piauí, será peça fundamental às eleições de 2018. O senador João Vicente disse que ele será um bom vice. E, Themístocles Filho, presidente da Assembleia, assegurou que se não for o Vice de Wellington na cota do PMDB, lançará o dr. Pessoa como candidato ao Governo. Pessoa dará muito trabalho em 2018, portanto é melhor não subestimarem. Detratarem. Tratá-lo bem agora, fará bem para todos no futuro.

            O quadro sucessório está tomando novos rumos e/ou horizontes. Novos cenários estão sendo montados. E essas vaias e críticas ao senador Ciro Nogueira aguçam os novos rumos. Os governantes perdem e os oposicionistas fortalecem as suas posições, com o enfraquecimento do petismo e do governismo.

            Além disso tudo, as constantes denúncias do Diário do Povo, de Robert Rios (principalmente) e as de que o Governo poderá atrasar o pagamento do servidor, fortalecem um sentimento oposicionista em todo o Estado.

            Os petistas devem fazer sua política com a perspectiva de que Lula, com sua forte liderança popular, e Dilma, com o seu autoritarismo, não detém mais o poder político-partidário e financeiro, em Brasília, que esbanjavam quando presidentes. Os tempos são outros, portanto, as decisões devem ser, consequentemente, outras. Embora Wellington seja a maior liderança do Piauí, mas o seu apoio depende, em Brasília, do aliado Ciro Nogueira que é, injustamente, vaiado e criticado pelos petistas. Por isso, o senador merece respeito, com a vice-governadora e os quase cinquenta prefeitos do partido e os deputados estaduais; inclusive o deputado Júlio Arcoverde, presidente do PP – (ou do Progressistas), que também são desconsiderados.

            O programa “Lula para todos”, que estava paralisado no Estado, foi ativado graças ao empenho do senador Ciro. Entretanto, é esse senador que está sendo maltratado pelos petistas. Também conseguiu para o Governo Wellington Dias viabilizar sua gestão R$ 1,2 bilhão que foram liberados. Mas só leva porrada dos petistas. Essa aliança não passará ainda longo tempo. Será rompida. E as oposições ganharão as eleições.

            O trabalho do ex-ministro João Henrique é comentado em todas as  rodas políticos e de empresários pela organização, persistência e determinação, com críticas ao modelo gerencial petista no Estado...

 

Magno Pires é membro da Academia Piauiense de Letras, ex-Secretário da Administração do Piauí, ex-consultor jurídico empresarial da Companhia Antactica Paulista (Hoje AMBEV) 32 anos. Portal www.magnopires.com.br com 94.850.112 acessos em 8 anos e dois meses, e-mail: [email protected].