Política

AS OPOSIÇÕES DESARTICULADAS E DIVIDIDAS FACILITAM REEELIÇÃO DO GOVERNADOR

AS OPOSIÇÕES DESARTICULADAS E DIVIDIDAS FACILITAM REEELIÇÃO DO GOVERNADOR

AS OPOSIÇÕES DESARTICULADAS E DIVIDIDAS FACILITAM REEELIÇÃO DO GOVERNADOR

Magno Pires

Finalmente o peessedebista prefeito de Teresina, Firmino Filho, definiu-se para apoiar a eleição do eventual postulante ao governo estadual tucano Luciano Nunes.

Entretanto, está ponderando, condicionando, e, ao mesmo tempo, articulando para que as oposições tenham apenas um candidato à Chefia do Poder Executivo. Justamente porque o tucanato foi derrotado três vezes por conta de divisão. Firmino, com toda razão, quer as oposições aglutinadas em torno de um único postulante para vencer o Governador Wellington (PT).

Argumenta, com racionalidade, que as oposições foram derrotadas em 2002, 2006, 2010. Eram três oposicionistas enfrentando o situacionista e/ou governista. E, em todas as oportunidades, os oposicionistas perderam                    a eleição. Agora, neste 2018, está se redesenhando o fato, registrado nas eleições passadas.

“As três evidências históricas (eleições de 2002, 2006, 2010), que nós temos são essas, governo quando enfrenta uma oposição dividida, tem facilidade de manobrar e estabelecer sua estratégia e ganhar. Se a oposição quiser ouvir o conselho de quem foi candidato a governador e, por acaso, participou dessas três eleições, ela poderia pensar direitinho em relação a isso” falou o prefeito da Capital.(Jornal MN de 21 e 22/4/2018, p. 4ª política). Na verdade, o PSDB com Wall Ferraz, Firmino, Chico Gerardo e Sílvio Mendes perderam todos esses eventos. Tanto os seus líderes quanto o partido estão traumatizados. Contudo, todos eles, inclusive o portentoso Wall Ferraz, sabem que ganhar e perder eventos eleitorais é da natureza e da essência da política partidária.

Assiste, portanto, ao prefeito Firmino Filho a assertiva e a clareza desse esclarecimento histórico. E sua ponderação e argumentos estão corretos. A história, neste caso, é boa conselheira.

As oposições desarticuladas e divididas, como realmente estão, facilitam a reeleição do Governador e criam fortes embaraços aos oposicionistas para obter êxito contra a reeleição do Governador.

O ex-Senador João Vicente (PTB) filiou-se a um partido da base governista. E diz ser postulante ao governo estadual. Como? O PTB vai deixar o governo, vai para a oposição e apoiará a eleição de JVC ao Governo? ou o candidato será o senador Elmano Férrer (Podemos), com o apoio dos Claudinos? A confusão está grande... e, nesse cenário, sucumbirão as oposições  e Luciano, juntamente com JVC, Firmino, Robert Rios, dr. Pessoa, Mão Santa, Zé Filho, Wilson Martins... com o fortalecimento de Wellington Dias.

Embora as três derrotas do passado, o PSDB permanece forte e protagonista apenas em Teresina. E não alargou ou consolidou nem sequer sua proeminência no interior do Estado. É um partido urbano exclusivamente na capital. Acrescente-se, agora, ao seu DNA as denúncias na Lava-Jato. Além disso, não tem um líder popular. Por isso, terá que cooptar os líderes dr. Pessoa e Mão Santa para fortalecer-se. E aceitarem fazer uma nova composição na Chapa Majoritária, com candidato único de oposição, sob liderança de JVC ou Elmano e Vice de Luciano Nunes. Assim melhorará sua posição. Não terá outra alternativa.

Ou as oposições encaram as eleições com articulação sólida e estratégica, seriedade, determinação, vontade de vencer ou o Governador será reeleito no primeiro turno, pela 4ª vez, com larga margem de votos favoráveis, sitiado todos os líderes oposicionistas. (este artigo foi escrito antes da divulgação da pesquisa eleitoral no Meio Norte de 23.4.2018, na qual o Governador, lidera com 51,70%).

Contudo, há agora o alento do prefeito Firmino às oposições porque apoiará efetivamente Luciano, embora coloque a condição de ter apenas um postulante; e restará a desconfiança do apoio de Firmino ao Senador Ciro e a filiação de sua esposa Lucy ao Progressitas para concorrer a eleição de deputada estadual.

A coligação governista deverá explodir apenas se, eventualmente, a escolha da substituição da Vice Governadoria não for traumática ao MDB e/ou ao Progressistas como se pronuncia. Porque o MDB quer indicar Themístocles e o Senador Ciro pretende manter Margarete Coelho. Exclusivamente esta circunstância política desarticulará todo o blocão governista com o fortalecimento das oposições. Wellington perderá um desses partidos.

 

Magno Pires é membro da Academia Piauiense de Letras, ex-Secretário da Administração do Piauí, ex-consultor jurídico empresarial da Companhia Antactica Paulista (Hoje AMBEV) 32 anos. Portal www.magnopires.com.br com 100.650.122 acessos em 8 anos e cinco meses, e-mail: [email protected].