Economia

Inflação acumulada mantém rota de desaceleração

A inflação brasileira, em julho, manteve a rota de desaceleraçãoDados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que o indicador oficial de custo de vida ficou em 4,96% no acumulado do ano até o mês passadonúmero bem menor que os 6,83% registrados em igual período do ano.

Esses números divulgados pelo IBGE fazem parte do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador que é considerado a inflação oficial do País. Na comparação entre junho e julho, o IPCA registrou alta de 0,52%.

Entre os grupos de produtos, alguns passaram a pressionar menos o bolso do consumidor, a exemplo de vestuário, cujos preços recuaram 0,38% no mês, e de habitação, com queda de 0,29%.

Outros segmentos tiveram variações pequenas. O grupo de produtos de comunicação, por exemplo, apresentou alta de 0,02%; educação marcou elevação de 0,04%.

Apesar de alguma melhora em determinados preços, a equipe econômica do presidente em exercício Michel Temer tem trabalhado para reduzir essa pressão sobre o bolso dos consumidores.

Recuperação 

Medidas para sanear a economia, como a que cria limites para a expansão dos gastos públicos, devem colaborar no controle do custo de vida. É o que também espera o Banco Central, que avalia que, com as medidas tomadas até o momento e outras ações futuras, a inflação vai desacelerar.

A expectativa da instituição é de que ela esfrie até atingir a meta perseguida, um IPCA ao redor de 4,5%. Esse valor, pelo cenário do Banco Central, será alcançado no último trimestre de 2017.

Caso essa projeção se confirme, será a primeira vez desde 2009, quando o índice terminou o ano em 4,31%, que o BC conseguirá atingir a meta de inflação.

A expectativa é de que ela continue a desacelerar depois de atingir esse resultado. No primeiro trimestre de 2018, chegaria a 4,4% e, no segundo (última previsão disponível), em 4,2%.

Problemas climáticos afetam produção

O resultado do IPCA de julho poderia ser melhor, não fosse o desempenho de alguns produtos que, em função de problemas climáticos e quebras de safra, estão em movimento temporário de alta. O feijão carioca, por exemplo, aumentou 32,42% no mês e 150,61% no ano.

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que faz um levantamento da safra do País, explicou que o feijão passa por problemas. Segundo o órgão, uma redução na área e na produção das culturas de primeira e segunda safras. Para a terceira safra, estima-se redução de área em quase todos os Estados produtores.

A área plantada do feijão primeira safra apresentou redução de 7,5%; da segunda Safra, queda de 3%; a terceira apresenta uma redução de 16,8%. A avaliação da Conab é de que o plantio está sendo finalizado na maioria dos Estados, mas o baixo nível dos mananciais está inibindo a irrigação e prejudicando a produção, o que faz os preços subirem.

Inflação acumulada no ano desacelera; confira a evolução

Fonte: Portal Brasil, com informações do IBGE, do BC e da Conab