Política

Piauí: duas vertentes históricas do seu subdesenvolvimento

Piauí: duas vertentes históricas do seu subdesenvolvimento

Piauí: duas vertentes históricas do seu subdesenvolvimento

Duas vertentes históricas obstacularizam e impõem, e /ou são determinantes do atraso do desenvolvimento sócio, político, econômico e cultura do Estado do Piauí: regime político partidário intensamente conservador, com líderes políticos de perfil e estirpe fortemente neocolonialista, rural, semi escravocrata e patrimonial. E o entrelaçamento familiar e oligárquico sempre no comando do poder executivo. Mormente, entretanto, substituído por um modelo, também familiar, mas com acentuadas características de um sindicalismo de estado, representado pelo Partido dos Trabalhadores, no poder por 12 anos, e com perspectivas de passar mais quatro anos, completando um ciclo de 16 anos a frente dos negócios governamentais.

A alternativa do jogo democrático é uma simbologia fundamental e tradicional do regime democrático. No Piauí, contudo, isso não está acontecendo. O povo e/ou o eleitorado tem preferido reeleger o líder petista estadual. Pois, acha mais justo por entendê-lo mais fácil manter o chefe do Poder executivo. Não arriscando e não optando pela mudança no comando. Pela renovação tão necessária.

Esse modelo e / ou essa matriz político partidária tradicional familiar e agora também sindicalista, tem legado um subdesenvolvimento proeficientemente arcaico, atrasado e sem perspectivas relevantes à sociedade. Ambos, porém, consolidam apenas interesses individuais e coletivos cartoriais dos grupos no comando do Estado, sem oferecerem vantagens adicionais nas relações múltiplas da sociedade, que necessita do seu suporte institucional, para o seus projetos, programas e planos de

desenvolvimento das suas diversas atividades produtivas; independentemente da interferência direta de qualquer agente público. E de partido.

Nas democracias representativas diferentemente da nossa, sem esse patrimonialismo, esse clientelismo, sem esse partidarismo presidencial de coalizão, sem essa troca de favores, sem esse toma lá da cá, sem essa submissão aos costumes e hábitos, tudo sem ética,os países e os estados membros conseguem prosperar, criando condições ao pleno desenvolvimento sustentável de longo prazo.

No Piauí, o modelo de gerenciamento político administrativo do Estado sempre obedeceu essa lógica acima descrita. Os agentes públicos habituaram-se a esse modelo. E as tentativas de alterá-lo e ou substituí-lo tem sido dificílimo. Em vão. Os seus líderes são fortes. Os próprios executivos municipais não ajudam;preferem apoiar o governante no poder a promover uma mudança do modelo. Exclusivamente na eleição do ex-governador Mão Santa, em 1994, o líder parnaibano enxotou do poder dezenas de prefeitos que apoiavam o candidato Átila Lira.

E o grande exemplo desse posicionamento conservador dos adversários é estarmos próximo das eleições de 2018 e os oposicionistas ainda discutem quem será o candidato das oposições para enfrentar a reeleição do governador Wellington Dias (PT); embora João Vicente, sem partido, João Henrique, do MDB, Dr. Pessoa, PSD, o empresário Fábio Sérvio, PSC e o advogado Valter Alencar, sem partido, além, do deputado Luciano Nunes, PSDB, tenham lançado os seus nomes às disputas majoritárias de 2018. Com esse quadro de candidatos à eleição a disputa irá para segundo turno podendo favorecer o governador

Wellington Dias (PT) por sê-lo o chefe do Poder Executivo e o mais conhecido no Piauí.

O ex-governador Freitas Neto, PSDB, com sua vasta experiência e o seu enorme tirocínio político, em entrevista no DP (28/12/2107, página 3) disse: "O candidato não vai cair do céu. O povo é quem vai decidir". Falando sobre a história de novos nomes na política. Ele disse, ainda: que a oposição não poderá ficar esperando os condicionantes, se isso vai acontecer ou não. Assiste-lhe toda a razão. Falta, pois, o candidato das oposições.

Os políticos preferem mesmo a política baixa e mesquinha da sala à cozinha, e ou do curral, com mais fuxico e nenhuma relevância para o Estado.

Por

Magno Pires