Cientistas usam processo evolutivo contra Aedes aegypti
Cientistas da Universidade Federal do Paraná (UFPR) conseguiram usar o próprio processo de evolução das espécies para bloquear o sistema sensorial do mosquito Aedes aegypti, causador de doenças como a dengue. A estratégia foi desenvolvida por pesquisadores do Laboratório de Ecologia Química e Síntese de Produtos Naturais (Lecosin), da UFPR.
No trabalho, os pesquisadores sintetizaram uma molécula derivada do ácido lático que tem a capacidade de anular o poder natural do inseto em seguir as chamadas ‘pistas químicas’ exaladas pelos humanos. Essas pistas são, sobretudo, o dióxido de carbono e o ácido lático, captados por receptores presentes nas antenas do Aedes aegypti.
Ao alterar a molécula do ácido lático, a equipe, liderada por Francisco de Assis Marques, do Departamento de Química da UFPR, conseguiu fazer com que o inseto seja incapaz, temporariamente, de reconhecer a substância exalada. “Ao perder a capacidade de rastrear e localizar o ácido lático, juntamente com outras substâncias voláteis, conseguimos alterar a capacidade do mosquito de localizar e alvejar o ser humano, transmitindo doenças como dengue, chikungunya e zika”, explica.
Com informações da Capes
Foto: Agência Brasil