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Governo quer tramitação célere, mas sem abrir mão do Judiciário

Governo quer tramitação célere, mas sem abrir mão do Judiciário

Após reunião da presidenta Dilma Rousseff com 23 ministros de Estado, na tarde desta quinta-feira (3), o ministro-chefe da Casa Civil, Jaques Wagner, afirmou que, ao mesmo tempo em que pretende que o processo de impeachment na Câmara dos Deputados ocorra de forma célere, o governo não vai abrir mão de defender seus direitos pela via judicial.

“Nossa decisão é de fazer o processo mais rápido possível. Só que isso não pode implicar em que a gente não vá disputar, no Judiciário, aquilo que a gente entende que pode lesar o nosso direito de defesa. Então, nós estamos combinando a legalidade com a celeridade necessária, que é o nosso interesse”, destacou.

Segundo Wagner, o objetivo do encontro foi socializar a compreensão do episódio com a equipe ministerial e incentivar a mobilização junto às bases. Ele destacou que esse tipo de apoio contribuiu, por exemplo, para a vitória do governo com a aprovação do projeto de revisão da meta fiscal.

“Foi uma vitória coletiva que a base teve, com o esforço de todos os partidos, todos os ministros se envolveram na aprovação”, disse.

Para o ministro, as próximas ações do governo deverão aprofundar os entendimentos do ponto de vista jurídico para garantir o direito de ampla defesa à ação de impedimento aceita pelo presidente da Câmara dos Deputados.

Umas das medidas, destacadas pelo ministro, é a chamada Ação por Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF).

“A decisão anterior do Supremo dizia que tínhamos que seguir, como não podia deixar de ser, a Lei de 1950, a Lei que fala do impedimento. E a Lei deixa lacunas. A ADPF prega que o Supremo se pronuncie sobre a forma ou sobre essas lacunas, para que não haja dúvida sobre esses encaminhamentos”, explicou.

Fonte:
Blog do Planalto