O anacrônico e estúpido machismo nordestino e nortista persiste na maioria dos homens. Investem na suposta fragilidade da mulher. E muitos nessa pseudo fraqueza... e arrotam sempre a superioridade econômica, o poder econômico, para subjugá-la. Atacam as mulheres nas duas frentes para tê-la como sua permanente presa submissa a sua arrogância machista e a ousadia econômica. Muitas se submetem. Outras esperneiam. Outras toleram até haver a ruptura fatal e final, do organismo social familiar, até separação litigiosa. E o conflito psicológico bilateral. A mulher, mais afetuosa, mais dócil, mais racional, mais valorosa, suporta tudo em atenção aos filhos se houver. E à família a depender da conduta e/ou educação recebida do nucleou familiar – pai e mãe. O machismo é uma herança do ciclo colonial. A mulher era uma presa de um sistema econômica fincado no pais. A dependência econômica, as prendas domésticas, a maternidade, proteção dos filhos, toda essa relação sócio-familiar paterna impôs à mulher–mãe uma brutal relação e insuportável machismo histórico. O regime colonial era conservador. Por isso o machismo detém as características desse regime e os seus operadores. Possuem as mesmas indicações. Regime restritivo e repressivo cultural, econômico e psicologicamente. As mulheres toleram-no e suportam-no. Umas por necessidade econômica. O que é profundamente lamentável. Outras pela arrogância dos homens intimidando-as. O medo de serem molestadas. Porém, outro grupo rompe o relacionamento e se impõe à sociedade, embora sabendo das consequências sociais que terão pela atitude liberal que tomaram, libertando-se do jugo do homem. As próprias mulheres recebem reação negativa das outras reprimindo a decisão tomada de romper o relacionamento. Mas são necessárias essas atitudes de altivez. Só extinguirá o machismo se  houver esse posicionamento deliberativo racional. Pelos homens o machismo persistirá. Eles estimam a situação de inferioridade da mulher. Querem-na dócil e servil. Eternamente submissa. O machidão (ou machismo) atitude e/ou comportamento de quem não aceita a igualdade de direitos para homens e  mulheres, sendo contrário, pois ao feminismo (Dicionarista Aurélio Buarque de Holanda). A macheza e/ou machismo advém dos tempos da escravatura e do Brasil colônia, passando pelo Brasil Império, desaguando na República. E,  portanto, de uma fonte mais antiga, o feudalismo. As machorras, escravas, prestavam os serviços domésticos. As pretas cativas, inclusive caíram em forte depressão, após o advento da lei do ventre livre porque não valia mais a pena ter muitas escravas, que desempenhavam os serviços de casa, da senzala, domésticos. A luta da mulher tem sido muito grande para se libertar do estorvo machista. São oprimidas, agredidas, violentadas, inferiorizadas. Mas, aos poucos conseguem desgrudar-se desse vício, dessa infâmia, que tem conduzido muitas à depressão, ao suicídio e a morte, num mercado que periodiza o trabalho masculino. A cultura histórica sedimentada na sociedade é arrasadora e brutalmente de origem e de natureza machista. Por isso, a dificuldade de removê-la. Os homens se acham donos dos sentimentos das mulheres; superiores a elas; alegam que o choro é o prenuncio de sua fragilidade. E sobre esse sentimento emotivo peroram suas divagações bestiais/machistas. Os homens também não choram? E aí o que dizer?