Média das escolas pelo Enem 2014 melhorou em três áreas do conhecimento
O Ministério da Educação divulgou nesta quarta-feira (5) as notas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2014 por escola. Ao todo, tiveram resultados divulgados 15.640 escolas, nas quais 1.295.954 estudantes fizeram o Enem. Houve uma melhoria na média das escolas de forma geral no comparativo entre 2013 e 2014: a nota da prova de Linguagem e seus códigos passou de 508 para 528; da Ciências da Natureza de 492 para 507; e das Humanas de 537 para 565. Porém, houve uma queda na nota da prova de Matemática, passando de 544 para 511. A nota de Redação, embora também tenha caído, não pode ser comparável segundo o MEC, porque dependendo do tema a maior ou menor facilidade para os alunos.
São quatro as áreas de conhecimento avaliadas: ciências humanas e suas tecnologias (história, geografia, filosofia e sociologia); ciências da natureza e suas tecnologias (química, física e biologia); linguagens, códigos e suas tecnologias e redação (língua portuguesa, literatura, língua estrangeira – inglês ou espanhol, artes, educação física e tecnologias da informação e comunicação); matemática.
O MEC também apresentou um ranking diferenciado do desempenho das escolas avaliadas em 2014. Pelos indicadores estabelecidos pelo Instituto de Pesquisas e Estudos Educacionais Anísio Teixeira (Inep), a Escola Padre João Bosco de Lima, do Ceará, foi a instituição pública que atingiu a maior média nacional e, entre as particulares, foi a Escola Família Agrícola de Caculé. “Pela primeira vez estamos propondo ranking alternativo aos óbvios, porque a primeira da lista pode não ser a melhor, porque têm fatores externos que podem determinar isso. Queremos aproximar esse resultado do mundo real e, sobretudo, ver a contribuição efetiva da escola”, afirmou o ministro da Educação, Renato Janine.
Para chegar a estes nomes, o Inep considerou dados como formação dos docentes que trabalham na escola, o tempo de permanência dos alunos na escola; o porte (tamanho) da instituição e um dos mais determinantes, o Indicador de Nível Socioeconômico. “Temos que considerar fatores externos que não dependem da escola, mas que têm impacto sobre a escola, como o nível socioeconômico dos alunos. Uma escola com alunos mais pobres vai ter uma nota inferior, mas essa escola pode fazer um trabalho educativo importante porque ela pode melhorar mais este aluno”, explicou o ministro da Educação, Renato Janine.
O presidente do Inep, Chico Soares, destaca que é preciso criar critérios para não comparar realidades diferentes na mesma categoria. “Reunir as escolas em um único grupo para qualquer tipo de análise é uma opção muito limitada, que gera sínteses equivocadas”, afirmou o presidente do Inep. “As escolas de Ensino Médio brasileiras formam um conjunto muito heterogêneo, principalmente em relação às características socioeconômicas de seus estudantes e esses fatores precisam ser levados em consideração”, completou Chico Soares.
O indicador de nível socioeconômico foi conseguido por meio de informações disponibilizadas pelos estudantes no momento da inscrição no Enem. Separado por grupo, os alunos que obtiveram nota 611 têm um índice muito alto, enquanto os que têm níveis mais baixo chegam à média 429. O porte da escola também tem influência, uma vez que, quanto menor a escola (com apenas uma turma de 30 pessoas por exemplo), melhor é o desempenho.
O terceiro indicador aponta a proporção de professores de cada escola que leciona no Ensino Médio e possui a formação adequada, nos termos da lei, a partir dos dados do Censo Escolar da Educação Básica. A formação do professor está diretamente relacionada ao desempenho escolar. As maiores médias foram apresentadas pelos estudantes cujos professores têm formação acadêmica específica nas disciplinas que lecionam.
A novidade na avaliação das escolas este ano é o indicador de permanência na escola, que mostra se o estudante cursou total ou parcialmente o Ensino Médio no mesmo estabelecimento de ensino. “Essa informação é importante para que a sociedade conheça quais são as escolas que realmente ajudam seus alunos a melhorarem, que oferecem educação de qualidade durante todo o Ensino Médio, e quais são aquelas que, simplesmente, selecionam alguns para cursarem apenas o 3º ano”, destacou Chico Soares. Outra inovação é que as taxas de rendimento (aprovação, reprovação e abandono), levantadas pelo Censo Escolar da Educação Básica e já disponibilizadas no portal do Inep, foram incluídas no sistema de divulgação, para facilitar a consulta.
Outros indicadores – também pode ser consultado o desempenho médio de cada escola e os percentuais de estudantes em cada um dos níveis de desempenho. Foi calculada, ainda, a média dos 30 melhores estudantes de cada escola. Com isso, é possível comparar, de forma mais adequada, escolas que têm projetos pedagógicos diferentes em relação à seleção de seus estudantes.
Os resultados foram divulgados preliminarmente às escolas, em 9 de julho. Os dirigentes escolares tiveram prazo de dez dias para entrar com recurso no Inep. Nesta edição, apenas 30 escolas entraram com recurso, sendo que 11 delas tiveram os pedidos deferidos. Os dados são calculados para estabelecimentos de ensino que tenham matriculados, no mínimo, dez estudantes da 3ª e/ou 4ª série do Ensino Médio regular seriado e 50% de estudantes destas mesmas séries participando do Enem.
Melhora na nota nacional
São quatro as áreas de conhecimento avaliadas: ciências humanas e suas tecnologias (história, geografia, filosofia e sociologia); ciências da natureza e suas tecnologias (química, física e biologia); linguagens, códigos e suas tecnologias e redação (língua portuguesa, literatura, língua estrangeira – inglês ou espanhol, artes, educação física e tecnologias da informação e comunicação); matemática.
A média das escolas de forma geral apresentou melhora entre 2013 e 2014: a nota da prova de Linguagem e seus códigos passou de 508 para 528; da Ciências da Natureza de 492 para 507; e das Humanas de 537 para 565. Porém, houve uma queda na nota da prova de Matemática, passando de 544 para 511. A nota de Redação, embora também tenha caído, não pode ser comparável segundo o MEC, porque dependendo do tema a maior ou menor facilidade para os alunos.
Fontes:
Portal Brasil, MEC e Inep.