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>SECRETÁRIO É AMEAÇADO POR CUMPRIR DECISÃO JUDICIAL QUE DEMITE MAIS DE MIL SERVIDORES

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     O secretário de Administração de Timon, Magno Pires, vem sendo ameaçado devido a demissões determinadas pela Justiça, em acolhimento ao pedido da promotora Selma Martins. Magno Pires requereu segurança à Polícia Civil para manter a sua integridade e evitar maiores constrangimentos no exercício de sua função.
     Magno Pires encaminhou pedido de segurança e integridade física à polícia do Maranhão.
     “O Ministério Público não abre mão de fazer as demissões, alegando irregularidade nas contratações. No mês de setembro já foram demitidas cerca de 400 pessoas, mas a determinação judicial é para 1.411 servidores. A Justiça serenizou a decisão para as demissões aconteceram até 31 de dezembro, a fim de reduzir o impacto social”, comentou Magno Pires.
     O secretário revelou que tem recebido muitas agressões, principalmente verbais. “Já recebi agressões em frente à comissão do Tribunal de Contas do Estado do Maranhão. Foi constrangedor. Alegaram que fiz o mesmo no Piauí, através do PDV (Programa de Desligamento Voluntário) e que agora estaria fazendo o mesmo em Timon, e não tem nada a ver uma coisa com a outra”, informou.
     A prefeita de Timon, Socorro Waquim, como forma de precaução, determinou que fosse disponibilizado um segurança para acompanhar o secretário. Ele comentou que a decisão do Ministério Público causou histeria no município.
     “Não se fala em outra coisa. O número de pessoas a serem demitidas é muito grande e afeta socialmente a estabilidade do município. Existe muita tensão”, frisou Magno Pires.
     O secretário é responsável pela pasta de Administração e Recursos Humanos e é quem leva toda a responsabilidade, indevidamente.
     “Os atos devem passar por nossa pasta para serem efetivados. Os decretos estão sendo baixados para dar cumprimento à decisão judicial. Estamos analisando a situação de cada uma, mas é uma situação difícil, inclusive muitos servidores fizeram empréstimo consignado na Caixa Econômica e Banco do Brasil, e isso não foi observado pelo Ministério Público”, enfatiza.
     O secretário disse que a Prefeitura tem agido com muita serenidade, mas o Ministério Público tem sido parcial e arbitrário.
     “Acho que o Ministério Público tem extrapolado os limites, porque exorbita as funções e causa um caos social e econômico no município. Estamos tentando minimizar o problema analisando por família quem tem mais de uma fonte de renda para não ter tanto impacto. A Prefeitura recorreu da decisão, mas perdeu. Agora entrou com agravo de instrumento que está sendo analisado no Tribunal de Justiça do Maranhão”, finalisou. (transcrição de matéria publicada no jornal Tribuna do Maranhão, de 16 a 31/10/2009, p. 08 e Diário do Povo).