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Ele queria ser jogador de futebol e, para chegar à música, recebeu um passe mágico de Garrincha, que o apresentou à cantora Elza Soares.

Ele queria ser jogador de futebol e, para chegar à música, recebeu um passe mágico de Garrincha, que o apresentou à cantora Elza Soares.

Ele queria ser jogador de futebol e, para chegar à música, recebeu um passe mágico de Garrincha, que o apresentou à cantora Elza Soares.

 

Como a maioria dos garotos de sua adolescência, ele queria ser jogador de futebol. Mas decidiu jogar em outro campo.

Na década de 1960, ao participar de uma roda de samba, no bairro carioca de Olaria, conheceu o jogador Garrincha, então no auge do sucesso.

O craque do Botafogo e da Seleção Brasileira o apresentou à sua mulher, a cantora Elza Soares. E foi aí que o jovem Lázaro, personagem central desta crônica, decidiu seguir a carreira artística.

Seu primeiro disco foi um compacto simples que contou com a participação de Moreira da Silva.

Apresentou-se, logo depois, no Projeto Pixinguinha, que levou aos palcos de todo o país grandes nomes da MPB, a partir de 1977.

Um homem de sete instrumentos

Nesse meio tempo, retornou para Teresina, sua terra natal, formou-se em Economia, trabalhou no serviço público e também montou seu próprio negócio.

Fez-se radialista e dirigiu rádio na capital, sem descuidar-se de seu ofício de cantor e compositor. Adotou o nome artístico de Lázaro do Piauí.

Compôs e gravou músicas de todos os estilos: forró, romântica, lambada… Em cada um delas, a marca registrada da simplicidade e da poesia nas letras, nas melodias e na interpretação. Um artista que caiu no gosto popular.

A música Agora é tarde o lançou definitivamente ao sucesso.

Em 1996, lançou o LP “Só por amor”, que ficou três meses na lista dos 100 mais.

Nesse disco, fez uma fusão musical indo do funk ao gospel e do rap ao forró.

Com esse disco, em 1997, foi indicado ao Prêmio Sharp na categoria Artista Revelação Regional.

Apresentou-se em diferentes programas de televisão e criou seu próprio estúdio de gravação.

Forró

Em 1999, apresentou-se no Primeiro Festival Nacional de Forró, em Salvador, ao lado de nomes como Elba Ramalho, Dominguinhos, Flávio José, Genival Lacerda, Mastruz com Leite e outros.

Em 2000, apresentou-se novamente em Salvador no II Encontro Nacional de Forró.

No mesmo ano, gravou o CD “Lázaro do Piauí especial”, com destaque para “Faço tudo”; “Há quanto tempo” e “Prá você Rosa”, todas de sua autoria, além de “Forró porreta”, que contou com a participação especial de Dominguinhos.

Gravou ainda com outras estrelas do forró, como Flávio José.

Atualmente, apresenta na TV Assembleia o programa “Matutando”, um empório cultural.

Jinglista

Também se tornou uma referência nacional como jinglista. O primeiro foi encomendado pelo economista Felipe Mendes, candidato a deputado federal, em 1986.

Deu certo. O candidato foi eleito para a Assembleia Nacional Constituinte e Lázaro do Piauí, revelado um jinglista de mão cheia, ganhou a fama de pé quente.

Não faltaram mais trabalhos nesse campo e um dos mais conhecidos foi o jingle da campanha de reeleição do governador Mão Santa, em 1998: “Essa mão é santa (eu sei)/A mão que abraça o povo (eu sei)… Queremos Mão Santa de novo”.

Em 2006, ganhou fama nacional como jinglista ao criar o jingle da reeleição do presidente Lula: “Deixa o homem trabalhar”.

Lázaro do Piauí presidiu a Fundação Cultural Monsenhor Chaves e publicou dois livros, “De Mané a Lula – história de um jinglista pé quente” e “Artigos de primeira necessidade”, este editado pela Academia Piauiense de Letras, na Coleção Século 21, na presidência do acadêmico Nelson Nery Costa.

Homenagem

O cantor levou às lágrimas o amigo João Cláudio Moreno, ao compor e gravar uma música especialmente para ele: “Amigo João, eu vim pra te dizer/Que teu ofício e tão bonito de se ver/Saber botar sorriso na boca do povo/É um dom de Deus/ Isso ninguém duvida/Tu vais contando e alegrando a nossa vida...”

A canção está na abertura e no encerramento dos shows do humorista.

Amigo e fã incondicional de Lázaro do Piauí, em 2018 abusei dessa amizade e aventurei-me a pedir que ele gravasse uma música minha, já com letra, melodia e arranjo prontos.

A música, intitulada “Romeiros de Santa Cruz”, ficou um primor