Quando concluir o seu mandato em 31/12/2014 (ou desincompatibilizar-se em abril de 2014), o governador Wilson Martins (PSB) poderá bater no peito e dizer, enfático e orgulhosamente, que fizera a integração (e/ou a conclusão) de todas as estradas essenciais que dão acesso aos Cerrados piauienses, principal área produtora de grãos do Estado; inclusive construindo 110 km asfaltados da Transcerrados de uma extensão de 310 km.

                O ex-deputado estadual Sebastião Leal, filho de Uruçui, e grande lutador por obras à Região Sul, conseguiu, ainda na primeira administração do ex-governador Hugo Napoleão, o asfaltamento dos primeiros 20 km da estrada que interliga Uruçui a Sebastião Leal/Bertolinia que, posteriormente, passaria pela fábrica da Bunge. Hoje, todas as estradas estão com revestimento asfaltico numa iniciativa do atual Chefa do Executivo do Piauí e dos ex-Governadores Wellington Dias (PT) e Mão Santa (PSC). O ex-Governador Freitas Neto (PSDB) construiu revestimento primário de alguns trechos destacando-se Uruçui/Antônio Almeida.

                Concluso o trecho Marcos Parente/Jerumenha o governador Wilson Martins concluirá dentro de 90 dias o trecho Marcos Parente/ Antônio Almeida. Faltam apenas 19,5 km. Com essa estrada, uma dos eixos fundamentais do transporte de grãos dos cerrados, estará completada toda a malha   rodoviária da maior zona produtora de grãos do Piauí.

 Entretanto, lamentavelmente, para que essas rodovias fossem concluídas/executadas foram necessários 22 anos e 5 governadores. Contudo, se incluirmos o primeiro mandato do governador Hugo Napoleão, passaram-se 26 anos e 6 governadores. Mais de um quarto de século... como um Estado e/ou região pode desenvolver-se se os administradores levam tanto tempo para construir as estradas pelas quais devem ser transportados as riquezas dessa região? E é justamente por isso que o Piauí continua sem poder recepcionar grandes investimentos ou recebê-los com dificuldade.

Os empresários querem infraestrutura, mas o Piauí não a oferece aos empreendedores e eles  demandam para outros estados em busca de infraestrutura e de segurança jurídica compatíveis com as suas plantas industriais. Os piauienses ficam a chorar o leite derramado. Entretanto, o governador Wilson Martins entre construção e revestimento asfaltico edificou 2 mil km de rodovias. E fará muito mais até o final de sua gestão.

                Os empreendedores querem decisão, infraestrutura, resolutividade e estabelecimento de prioridades. Entretanto, o governador Wellington Dias (PT), por exemplo, deixou  de concluir o asfaltamento das estradas  que interligam os municípios de Jerumenha/Marcos Parente/Antônio Almeida para construir o asfalto das vias secundarias que ligam Marcos Parente/Landri  Sales (a pedido do senador João Vicente) e de Marcos Parente/Porto Alegre  (a requerimento do dr. Avelino Neiva), obra inacabada do governo Wellington conclusa no de Wilson Martins.

                O asfaltamento dos trechos Marcos Parente/Antônio Almeida e de Marcos Parente/Jerumenha é por onde passam 100 a 120 carretas diariamente transportando a safra de grãos dos cerrados, assim como calcário para correção dos solos da região dos cerrados. No Piauí, o acessório, para um governador, é mais importante que o principal. Exatamente por falta do estabelecimento de prioridades  é que o governo estadual constrói ramais rodoviários e relega a plano secundário o eixo de rodovias imprescindíveis e fundamentais ao desenvolvimento estratégico do Estado.

Magno Pires é advogado e Membro da Academia Piauiense de Letras – APL.

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