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26 ANOS E 6 GOVERNADORES (II)


            Justamente, reafirma-se, por falta do estabelecimento de prioridades é que o trecho de 19,5 km da rodovia estadual que liga Marcos Parente/Antônio Almeida, por onde passam 100 a 120 carretas diárias, com o transporte de soja, ainda não foi asfaltado. O governador Wilson Martins deverá concluí-lo dentro de 90 dias, completando, ressalvo novamente, a infraestrutura rodoviária na região dos Cerrados.

 

            Concluído esse trecho de 19,5 km de extensão entre Marcos Parente /Antônio Almeida, o governador Wilson Martins terá executado todas as estradas de acesso às principais zonas produtivas dos cerrados,  após passados 26 anos e 6 governadores, o que também não deixa de ser profundamente lamentável e deplorável.  

 

            A empresa zusano comunicara ao governador piauiense  que não mais fará a planta industrial que prometera para o Estado. Esse papelão da empresa é absurdo! Mas a indústria seguiu para Imperatriz (MA) porque lá há as condições sociais e técnicas estratégicas à execução da planta. E empresário quer decisão, infraestrutura e resolutividade dos governos. Os empreendedores são pragmáticos. Eles têm política de investimentos. Não fazem política partidária.

 

            Os Cerrados piauienses tem 8 milhões de hectares, mas apenas 500 mil hectares  são plantados, estão produzindo, exatamente por falta das condições essenciais á implantação dos projetos. E, enquanto os Chefes dos Executivos do Piauí não construírem essa base estadual – o Piauí não  receberá grandes plantas industriais. Tampouco conseguirá produzir muito mais grãos nos Cerrados.

 

            Só recentemente, através do PAC, foi erguido a ponte sobre o Rio Parnaíba, em Uruçuí, cuja a travessia das carretas era feita em pontilhão. Além da ponte, o governador Wilson Marins construiu o anel rodoviário para dar maior mobilidade urbana às dezenas de veículos que usam a ponte para transportar a soja produzida nas regiões dos cerrados piauienses, notadamente em Bom Jesus, Uruçui, Ribeiro Gonçalves, Baixa Grande do Ribeiro, Sebastião Leal e Bertolinia... todas interligadas por camadas asfalticas nas estradas federais e estaduais por aproximadamente 2.200 km de rodovias.

Os investimentos em obras avançaram muito nos últimos 8 anos, porém, ainda são necessários  mais para o Piauí receber as grandes plantas industriais que realmente dão a largada para o desenvolvimento estratégico de longo prazo sustentável, com criação permanente de emprego e renda e geradores de riqueza para aniquilar o subdesenvolvimento  endêmico que asfixia o Estado.

 

 

Magno Pires é advogado e Membro da Academia Piauiense de Letras – APL.

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