Economia

A CRISE ECONÔMICA NACIONAL ALIVIA, MAS PERSISTIRÁ PROFUNDA

A CRISE ECONÔMICA NACIONAL ALIVIA, MAS PERSISTIRÁ PROFUNDA

A CRISE ECONÔMICA NACIONAL ALIVIA, MAS PERSISTIRÁ PROFUNDA

 

Magno Pires

 

            No governo do Presidente Bolsonaro, que completa doze meses, não estourou nenhum escândalo de corrupção. Quanto a este aspecto é uma gestão honesta, limpa e inédita. Diferentemente do que havia, nas administrações de Lula e Dilma, com os grandes escândalos do Mensalão e Lava-Jato, além de outras mazelas de menor relevância política, econômica e administrativa, entretanto, extremamente prejudiciais à economia, à administração pública, à imagem do País interna e externamente. Felizmente, embora tardiamente, os órgãos judiciários, puseram termo e ordem, agindo radicalmente, e investigando os culpados, com posterior condenação corretiva e prisão disciplinar.

            No entanto, esses mega-eventos de corrupção, alcunhados de Mensalão e Lava-Jato, impuseram ao país enormes sacrifícios econômicos, dificilmente esquecíveis, que ficarão cravados na história pátria às gerações atuais e futuras.

            E a corrupção generalizada nos governos de Lula e Dilma, envolvendo as maiores construtoras brasileiras, além de estatais como a Petrobrás, são também responsáveis pela crise econômica nacional que alivia, mas persiste profunda.

            Contudo, deve-se considerar, em nome da verdade, que também a crise de 2008, cravada e surgidano mercado imobiliário dos Estados Unidos, agravou, mais ainda, a nossa crise. Justamente porque a economia Americana, a maior do planeta, quando extrapola os limites fronteirices dos Estados Unidos, atinge todo o planeta como um ventaral tsunami com prejuízos extraordinários.

            O Brasil, embora o grande sacrifício imposto ao País pelo ex-presidente Temer e o presidente Bolsonaro, com vistas à solução da crise, tomaram medidas e ações compatíveis e necessárias à sua erradicação parcial e/ou minimização, cujos frutos estão surgindo.

            E, dentro desse cenário, ressaltado acima, a Reforma Trabalhista (governo Michel Temer) e a Reforma Previdenciária (governo Bolsonaro), ambas de grandes repercussão e resultado, ainda que mais de longo prazo, trouxeram forte alívio à crise, especialmente relativo aos grandes investimentos, que estão se realizando, inclusive com a entrada de R$ 167 bilhões em investimentos de grupos estrangeiros no Brasil em 2019. E, aos pequenos negócios que estão se consolidando (quiosques, quitandas, bares, restaurantes, comércio...) mais ainda no dia-a-dia. Esses dois setores econômicos, nos extremos da economia nacional, estão bens e materializados. Crescem indiferentes e à distância da crise.

            Todavia, a economia e os investimentos do meio, desses dois extremos, que falei acima, estão paralisados e ainda ressentidos da crise. E, justamente por isso, é que a economia nacional ainda não decolou no todo. Pois, nesse meio, está a classe média nacional, formadora de opinião e consumidora compulsiva. Ela reclama do governo, das ações e das medidas da União, porque ainda não refletiram em seus negócios, mesmo a reforma Trabalhista de Temer.

            Por conseguinte, a crise nacional persistirá, bastante grave, embora aliviada em alguns aspectos, mas os extremos estão crescendo e fazendo os seus investimentos; e ganhando renda, salário e aumentando seu patrimônio.

E a classe média, responsável pelos empreendimentos do meio, persevera sacrificada, porém, com forte tendência à solução. O mercado ainda está travado, sem solução, à classe média, que permanece arredia à gestão e ao governo. E aqui não tem fator ideológico de esquerda e/ou de direita. A crise, no governo Bolsonaro, é imune às ideologias, embora em governo suposta de direita.

            Há na sociedade forte esperança e crença no governo da suposta direita do presidente Bolsonaro, mesmo com as suas declarações estapafúrdias. Esse ciclo de crença, esperança e confiança deverá se consolidar e aumentar, mais ainda, quando a reforma Tributária for aprovada; o que é esperado para o primeiro semestre de 2020.

            A tendência da economia do Brasil é de sairmos da crise, que está aliviada, repito, mas demora ainda os anos 2020, 2021 e a entrada de 22. Serão, ainda, dois anos e/ou três anos ruins, porém, com perspectivas de consolidação econômica e crescimento permanente de longo prazo, após este período de dois e/ou três anos.

            Por fim, a economia está também se recuperando porque os juros (4,5% taxa selic), os mais baixo da história do Brasil; a inflação trabalhando sempre dentro e/ou abaixo da meta; e a taxa de desemprego caiu 0,9%, tendo sido criado quase um milhão de oportunidades entre 2018/2019. Nesse quadro, nem sequer um fator externo prejudicará a ascensão crescente da recuperação econômica do país, sem as mazelas do passado, mesmo com a universalização da economia brasileira.

           

 

Magno Pires é Membro da Academia Piauiense de Letras, ex-Secretário da Administração do Piauí, Advogado da União (aposentado), jornalista, administrador de empresas, Portal www.magnopires.com.br, e-mail: [email protected].