A CRISE ECONÔMICA SÓ AUMENTA; MESMO COM A VITÓRIA DE BOLSONARO
A CRISE ECONÔMICA SÓ AUMENTA; MESMO COM A VITÓRIA DE BOLSONARO
Magno Pires
Enquanto 63,5 milhões de pessoas físicas e jurídicas, o equivalente a 32,50% (trinta e dois virgula cinquenta por cento) da população brasileira, estão trancafiadas, inadimplentes, negativadas, no SERASA e no CADIN, especialmente no SERASA, porque não pagam as suas contas, os seus débitos, com empresas e bancos oficiais e privados, muitas porque perderam os empregos, na maior crise social, econômica, política e financeira da história do Brasil; talvez muito mais grave que as consequências da Depressão de 1929.
Entretanto, esses mesmos brasileiros compareceram às urnas para eleger um novo presidente, e mudar o comando político do país na expectativa e forte esperança de que as crises haverão de melhorar. Resta-lhes, pois, essa expectativa de esperança material e efetiva em Bolsonaro, o presidente eleito; embora Michel Temer haja realizado reformas e propostas em seu governo para debater e/ou retirar o país do atoleiro político, econômico e social que a presidente Dilma Rousseff (PT), da suposta esquerda, haja legado a brasileiros; tudo, após uma gestão bem-sucedida do ex-presidente Lula. Justamente porque se respaldou, aproveitou e/ou se beneficiou das reformas aprovadas e incrementadas pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e também da suposta esquerda tucana. O ex-presidente não desaprovou as medidas econômicas implantadas por FHC. Dilma fraquejou porque não observou os fundamentos econômicos, as regras econômicas e/ou as reformas realizadas por FHC, mantidas por Lula; no entanto, lamentavelmente, relegadas pela petista eleita e releia pelos brasileiros, mas submetida ao impeachment no Congresso Nacional – Senado e Câmara – porque não negociou politicamente com os partidos e lideranças, como fizeram JK, FHC, Lula e Michel Temer, por exemplo. Faltaram diálogo e muita conversa com os agentes políticos na era Dilma. Arrefecera-se. E esse recolhimento e retraimento, por conta de sua forte intimidação, levavam à sua degola, com a cassação do seu mandato pelo Congresso Nacional. Dilma, por incrível que pareça, contribuiu fortemente para a sua retirada do poder. Não manteve o equilíbrio necessário à liturgia do cargo que requer muita ponderação e serenidade no seu exercício. Mas, ainda que com esses desvãos políticos, econômicos e sociais, notadamente na gestão Dilma, assume o poder presidencial o jurista e professor da USP, Michel Temer (MDB), que toma uma série de providências para retirar o país da séria crise e fazer o mercado girar. Estancada a crise, porém, as medidas econômicas e financeiras, especialmente às últimas, com liberação de ativos depositados em bancos, não surtiram o efeito desejado. O mercado não se movimentou, não aqueceu, adequadamente para combater e estancar a crise, embora a inflação baixa e juros drasticamente reduzidos, com alta taxa de desemprego, todavia, ascendente.
Contudo, estouraram as denúncias de corrupção na Petrobrás, nos frigoríficos, nas empresas elétricas..., com consequências em todas as agremiações políticas, majoritariamente do PT, MDB, Progressistas, PSDB, com prisões e condenações realizadas pela Justiça Federal do Paraná! de deputados, ministros, servidores públicos, empresários... E, finalmente, do próprio ex-presidente Lula.
Nesse cenário dantesco e extremamente desfavorável à gestão, à economia, e à resolução da crise, adicionadas as duas (2) denúncias do Ministério Público Federal contra o presidente Temer, a instabilidade política é potencializada dificultando mais ainda, a crise, que não se reveste, mas estabiliza com a realização do pleito eleitoral de outubro de 2018; com uma polarização radical, inclusive com a violenta agressão física do presidenciável Bolsonaro, perpetrada por elemento adversário e simpatizante do petista Fernando Addad.
Embora a vitória de Bolsonaro, com enorme vantagem, a escolha de sua equipe econômica, as propostas do presidente eleito, as suas declarações e as suas manifestações de dialogar, negociar, conciliar, transigir e pacificar o país, a crise econômica e social, só aumenta, mas com a esperança do povo de que a democracia e as instituições serão respeitadas, mantidas, taxa de desemprego será reduzida e a inadimplência de pessoas físicas e jurídicas haverão de diminuir, com redução mais ainda dos juros e das multas para que a economia possa fluir e movimentar-se, regular e normalmente, criando emprego e renda, desconcentrando e distribuindo renda.
Magno Pires é Membro da Academia Piauiense de Letras, ex-Secretário da Administração do Piauí, Advogado da União (aposentado), jornalista, administrador de empresas e gestor público e privado, ex-consultor jurídico da Companhia Antactica Paulista (Hoje AMBEV) 32 anos. Portal www.magnopires.com.br com 110.350.118 acessos em 9 anos e dois meses. e-mail: [email protected].