A OPERAÇÃO LAVA-JATO E O JUIZ MORO
Evidentemente que a operação Lava-Jato, o Petrolão e a Zelotes deram um baque fenomenal no emprego, no PIB, nos investimentos públicos e privados, no PIB mundial, porque o atrelamento do governo, sua principal estatal, com o setor empresarial, é muito forte, consolidado e produtivo, motivando elevada queda nos demais setores econômicos. E justamente porque as empresas parceiras são grandiosas e tem uma centopéia de contratos bilaterais.
Contudo, o mensalão e o petrolão, bem como a Zelotes são benéficas ao país, à sociedade, com suas conseqüências saudáveis, à proteção da administração pública, podendo extinguir essa promiscuidade da administração pública com o setor privado, do gasto de empresários, administradores e políticos.
A operação Lava-Jato, sob a tutela retilínea e correta de Moro, sem dúvida, estancou, com certeza provisoriamente, a perenização de recursos às empresas fornecedoras; por isso, elas paralisam as suas atividades, embora temporariamente, como se deseja.
Entretanto, admitir-se que apenas a Operação Lava-Jato fez esse fenomenal estrago na economia do Brasil não é justo. É o cansado modelo econômico, político e administrativo que está também provecto. Cansado. E sem viabilidade de produção. E com esse tipo de modelo, como acima relatado, o pais permanecerá nessa inflexibilidade pendular e ciclotimica, sem alternativa permanente de futuro, com desenvolvimento sustentável.
Ademais, para esclarecer melhor, o modelo político presidencialista com coalizão, e mais com os presidentes do Senado e da Câmara, sendo investigados, e mais ainda uma porção de políticos com problemas na justiça, tudo contribui à instabilidade social, política e econômica vivida pelo pais. E quase 12 milhões de desempregados, maior fator de instabilidade social de uma nação e/ou de uma sociedade.
Portanto, o manifesto dos advogados, contra o juiz Sérgio Moro, reflete a defesa e a preservação do velho modelo político patrimonial, clientelista e burocrático que o Brasil preserva; e que juizes, delegados, procuradores, desembargadores, advogados da União, auditores, promotores modernos... querem extinguir. Vê o seu fim, embora com segmentos da sociedade contra.
Entretanto, um pouco de maturação não prejudicará os grandiosos feitos positivos e benéficos já alcançados pelas operações.
As empresas investigadas não poderão ser fechadas. Porque, se assim procederem, terão que fechar também a Petrobras. E aí o prejuízo será muito maior. Incalculável.
Os acordos de leniência, que estão sendo firmados deverão ser ratificados, para assegurar e preservar os investimentos em andamento; e o país voltar a desenvolver-se, para criar emprego, renda, riqueza e distribuir a renda... E estabilizar e consolidar as relações do Estado, com as empresas e a sociedade, com beneficio para todos; porque, com esse Norte atual, a economia continuará paralisada com o aumento da instabilidade política e gerando insegurança jurídica.
Magno Pires é Membro da Academia Piauiense de Letras – APL, Ex-Secretario de Administração do Piauí, Advogado Aposentado da União
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