Economia

A SUCESSÃO MUNICIPAL DE 2020 NA CAPITAL BRASILEIRA DO MEL: PICOS (I)

A SUCESSÃO MUNICIPAL DE 2020 NA CAPITAL BRASILEIRA DO MEL: PICOS (I)

A SUCESSÃO MUNICIPAL DE 2020 NA CAPITAL BRASILEIRA DO MEL: PICOS (I)

Magno Pires

 

            O município de Picos, no Piauí, lidera na produção de mel, que alcançou, em 2015, o status de segundo maior produto de exportação do Estado, com 2,5 mil toneladas; com quase 100 mil colmeias e com quatro a cinco colheitas anuais, com uma média de 80 quilos por colmeia, um recorde mundial, por isso é denominada a capital brasileira do mel. Registre-se que a jovem apicultura no Piauí começou em 1977. Anotações extraídas do livro “Como Governar um Estado – o caso da Bahia, do escritor Joaci Góes, ex-deputado federal pelo MDB, Bahia, e atual presidente da Academia de Letras da Bahia, além de empresário da Construção Civil

Ostentando essa extraordinária posição no ranking mundial na produção de mel, a região de Picos concentra, também, a produção de alho no Piauí e, talvez no Nordeste; é o terceiro maior entroncamento rodoviário do Nordeste. Possui uma indústria, um comércio e um setor de serviços muito avançados. E está situada na área do semiárido nordestino. Mas, mesmo localizada na região seca e castigada pela constante falta d’água, com estiagens prolongadas, o rio Guaribas, com o seu vale fértil, ainda é a salvação de centenas de agricultores e agropecuários nos períodos longérrimos das estiagens. Por conta dessas constantes secas, foi construída a barragem que abastece de água a cidade.

Pois bem: após relatar essas características acima favoráveis à cidade de Picos e que a destacam no cenário mundial e nacional, passarei a comentar a sucessão de 2020 e as suas articulações com vistas à esse evento que deverá acontecer em outubro. Isso se não for adiado ou prorrogado por conta da pandemia do Coronavírus.

O religioso padre José Walmir de Lima, filiado ao PT, foi reeleito, portanto, não poderá mais concorrer ao cargo de prefeito em 2020. Deverá ter feito uma boa administração no primeiro mandato. Pois, do contrário, não teria sido reeleito. Entretanto, pelo visto, não fará o sucessor. As gestões políticas não são favoráveis à eventual candidatura do rico empresário Araujinho, que se filiou também ao PT, certamente por recomendação do Padre Walmir e os fortes laços negociais que mantêm atualmente com o Poder Executivo estadual; embora, diga-se isso, porém, esse grande empresário piauiense, desde as duas gestões do Governo Mão Santa (1995-1998 – 1998-2001), que tem transações na área da Construção Civil, fazendo também estradas, perfurando poços, edificando redes de energia elétrica, dentre outras iniciativas. Trabalhador e dedicado ao setor privado onde é bem sucedido.

Bem favorecido pelo trabalho continuado e arrojado na iniciativa privada, resolveu ingressar na política partidária, filiando-se ao PT. Todos os empresários sempre se imaginam ser bem acolhidos na política. Justamente porque são ricos e empregam muitas pessoas, têm bons relacionamentos e exponencializam os seus negócios nas licitações que vencem, honestamente, na União, nos Estados e nos municípios. E todo político, sem dúvida, quer um empresário ao seu lado para ajudá-lo nas ocasiões financeiras necessárias. Nenhum nem sequer prescinde desse adjutório empresarial.

Nada obstante os poderes políticos e religiosos do Padre Walmir e do seu grupo e o econômico do empresário Araujinho, as pesquisas de opinião pública, consultada a sociedade, foram extremamente desfavoráveis, adversas, ao grande empresário picoense e candidato do petista padre Walmir.

 

 

Magno Pires é Membro da Academia Piauiense de Letras e o Vice-presidente, ex-Secretário da Administração do Piauí, Advogado da União (aposentado), jornalista, administrador de empresas, Portal www.magnopires.com.br, e-mail: [email protected]