A VIDA, A ECONOMIA E O CORONAVÍRUS
A VIDA, A ECONOMIA E O CORONAVÍRUS
Magno Pires
A pandemia do Coronavírus que mata os seres humanos e assola a humanidade. A economia é o agente que sustenta a vida. E sem o sistema econômico produtivo não haverá vida. A vida é o bem mais valioso. A existência da vida, está vinculada à economia, portanto, os dois andam juntos, interdependem-se, numa ação e reação, que consolida as características fundamentais e essenciais de cada um, movimentando-se no universo social da sobrevivência individual e conjugada.
A alimentação é um fator primordial á sobrevida do homem. A alimentação nutricional depende da movimentação econômica do processo produtivo. O alimento, seja qual for, é necessário ao homem. Este não prospera sem o alimento porque a vida desaparece e/ou falece.
A vida, por conseguinte, não existe sem sua integração, interação e vinculação com a economia. Esta sustenta e mantém aquela.
A economia é a força que constitui e propulsiona a vida, dando-lhe sobrevida e/ou existência.
A manutenção da vida depende do gerenciamento e da produção da economia. Esmigalhando-se a economia, a vida entrará em processo de falência e morte.
A interlocução recíproca e conjunta da vida e da economia materializa a conexão permanente e duradoura entre ambas. Essa interdependência efetiva robustece incondicionalmente a materialidade binominal e existencial da vida e da economia.
O homem na sua ação de combate do vírus do Coronavírus não pode desprezar, sob qualquer pretexto e modalidade, a economia para assegurar a vida. Tampouco poderá trabalhar no inverso dessa equação: Priorizar a vida e elimina a economia.
A vida é o produto mais valioso criado por Deus. A sua essencialidade é indiscutível. Entretanto, também não haverá vida sem a economia.
Quando a economia enfraquece e desfalece, a vida falece. Reduzida fica a capacidade do homem em sociedade para instituir elementos de sua salvaguarda. O complexo vida e economia entra em colapso.
As consequências da desestruturação do processo econômico na vida da humanidade, isto é, da sociedade, são profundamente desastrosos e violentos. Desarruma vida individual de cada ente social. O desemprego se difunde, causando desespero, ansiedade, depressão, falta de alimento.
O Estado não deve cuidar apenas da saúde e da vida. Preservar a vida é o fator essencial, mas não pode relaxar os cuidados com o desenvolvimento da economia.
Esta relação, como disse, binominal e/ou binária, entre vida e economia, deverá ser mantida. Sem o funcionamento regular da economia, diante da ruptura violenta do Coronavírus, que se alastra pelo planeta, faltarão recursos ao combate da pandemia, com salvaguarda das vidas, com o colapso dos hospitais e laboratórios.
Ficará o Estado impotente para tratar dos milhares de doentes que falecerão por falta de assistência médica, causada pela paralisação da economia, sem capacidade de encomendar e certamente liquidar o pagamento dos equipamentos médicos e dos remédios em processo de aquisição.
E nesse rolo compressor de ataque ás modalidades do sistema econômico pela carência, principalmente do alimento necessário á vida, alastra-se no complexo social uma infinidade de ações irrelevantes, terminando por perecer vidas e a continuada degenerativa e exaustão da economia improdutiva; com a comprovação exata de que não se pode cuidar apenas da vida, embora o bem mais valioso, e descuidar do processo econômico, também imprescindível à preservação da vida.
Magno Pires é Membro da Academia Piauiense de Letras e o Vice-presidente, ex-Secretário da Administração do Piauí, Advogado da União (aposentado), jornalista, administrador de empresas, Portal www.magnopires.com.br, e-mail: [email protected].