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Abertura do evento contou com presença de ministros e encaminhamento de propostas pelo direito das agricultoras

Abertura do evento contou com presença de ministros e encaminhamento de propostas pelo direito das agricultoras

Pela reconstrução do Brasil e pelo bem viver é o lema em torno do qual mulheres do campo, da floresta e das águas de todo o país uniram-se para construir a pauta da 7ª Marcha das Margaridas, que acontece em Brasília nesta semana. A abertura do evento, nesta terça-feira (15.08), reuniu cerca de 150 mil pessoas, segundo a organização. O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), Wellington Dias, esteve ao lado de outras ministras e ministros do atual governo.

A coordenadora-geral da Marcha das Margaridas, Mazé Morais, expressou sobre a força da união dessas mulheres. “Somos a continuação dos enfrentamentos que incansavelmente fazemos em defesa dos povos do campo, da floresta e das águas. Somos as pessoas que trabalham a terra, alimentam os nossos povos, construímos os movimentos para mudar o mundo. Como disse Carolina de Jesus, preta, periférica, filha de trabalhadores lavradores e brilhante escritora”.

Somos a continuação dos enfrentamentos que incansavelmente fazemos em defesa dos povos do campo, da floresta e das águas. Somos as pessoas que trabalham a terra, alimentam os nossos povos, construímos os movimentos para mudar o mundo"

Mazé Morais, coordenadora-geral da Marcha das Margaridas

Mazé Morais reforçou a importância das trabalhadoras como um dos pilares da sociedade. “Se estamos aqui é porque nós não queremos viver à margem da vida, por isso nos colocamos terminantemente em marcha em defesa dos direitos, para garantir a nossa existência, enraizada em uma diversidade territorial, rural, e que se materializa nos nossos corpos”, definiu.

A agricultora ainda destacou o importante papel das mulheres do campo na produção de alimento saudável, baseado em uma cultura ancestral. “Trazemos para Brasília os nossos saberes ancestrais e uma bagagem de resistência, resiliência e militância política para contribuir com a reconstrução do Brasil, pelo bem viver, lema da nossa marcha, mas também para protagonizarmos as nossas vozes diversas e romper os silêncios, que constantemente nos é imputado”, apontou.

Cida Gonçalves, ministra das Mulheres relembrou as lutas pela democracia. “Nós estamos aqui porque nós não paramos. Nós estamos aqui porque nós lutamos, nós resistimos e nós garantimos durante todos esses anos que, de fato, a democracia voltasse. Nós não aceitamos que nos matassem. Nós não aceitamos o ódio, não aceitamos vingança. Durante esses anos todos, fomos nós mulheres que resistimos”.

Quanto às propostas que serão entregues ao presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, nessa quarta-feira (16.08), a ministra afirmou: “Esse presidente e esse governo respeitam as mulheres. E é por isso que nós estamos efetivamente lutando e dando apoio. Porque nós queremos o bem viver na nossa terra, na nossa vida, na nossa casa, na nossa área rural. E nós queremos viver. Não queremos ser mortas pelo feminicídio”, completou a ministra.

O ministro do Desenvolvimento Social reforçou o teor construtivo e social dos eixos apresentados. “São mulheres que trazem uma pauta que é do Brasil. Cuidar da fome, a pauta de se reduzir a pobreza, a pauta para que a gente não aceite violência contra as mulheres. As mulheres querem cultura, querem esporte. As mulheres querem também a oportunidade de emprego, de empreender, querem garantir os seus direitos básicos para si, para seus filhos e filhas, para sua família”, frisou.

A ministra da saúde, Nísia Trindade, avaliou que saúde é bem viver e anunciou que será retomado o grupo da terra na pasta. “Nós estaremos também criando uma estratégia para o enfrentamento da violência contra as mulheres, contra crianças, contra os adolescentes, com o acolhimento, com atenção primária em saúde. E nós estaremos, a partir das reivindicações que o movimento apresentou, trabalhando para a reconstrução do comitê de plantas medicinais e fitoterápicos num trabalho conjunto com o ministro Paulo Teixeira (do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar)”, concluiu.

Fonte; https://www.gov.br/mds/pt-br/noticias-e-conteudos/desenvolvimento-social/noticias-desenvolvimento-social/abertura-do-evento-contou-com-presenca-de-ministros-e-encaminhamento-de-propostas-pelo-direito-das-agricultoras

Foto: Foto: Roberta Aline/ MDS