ADUTORA DO SERTÃO (I)
ADUTORA DO SERTÃO (I)
Magno Pires
A adutora do Sertão atenderá 51 municípios e uma população estimada de 600 mil pessoas no Semiárido; abrange um território de 56,5 mil quilômetros quadradros.
A obra está estimada em 1 bilhão de reais quando concluída.
A captação de água está assegurada pelo Poço Violeta, no município de Cristino Castro, que jorra 500 mil metros cúbicos d´água por hora; embora, quando perfurado, esse jorro era de 1 (hum) milhão de metros cúbicos d’água por hora.
Estudos técnicos realizados por geólogos da CPRM e professores da UESPI, asseguram que o poço atenderá o consumo por 300 anos, três séculos.
Portanto, não haverá problema com fornecimento de água à população porque o Poço Violeta garante o abastecimento.
A adutora atenderá uma área de 56.622 Km quadrados do Semiárido, com água do Aquífero Cabeças, com enorme volume de água represado.
O Governo Federal compromete 120 milhões de reais anuais, com o pagamento de carros pipas e outras modalidades de atendimento, às populações sem água; portanto, em menos de 10 anos, o investimento da adutora estará pago e/ou quitado.
Foram destinados recursos na LDO 2017 e na Lei Orçamentária Anual (LOA 2017) para os estudos técnicos e o projeto de Viabilidade econômica e ambiental, EVTEA, consequentemente, algo está sendo feito.
Gradativamente, embora muito lentamente, estamos deixando a cabaça D´água na cabeça, lata d’água na cabeça, carro de boi carregando água, transporte d’água em jumento com ancoretas, pois sistemas simplificados e poços são construídos em várias comunidades e a água saneada em Cidades, porém, o que quero esclarecer e significar aqui é que a adutora do Sertão resolverá um problema histórico grave no Semiárido – ressalta novamente – 51 municípios, área atendida de 56,5 mil Km2 e 600 mil pessoas, com uma solução para acabar com os carros pipas e a aplicação de recursos até indevidos.
A adutora é uma solução definitiva e os 120 milhões de reais anuais deixarão de ser comprometidos com os carros pipas.
O projeto está a cargo da CODEVASF; o que quero, com esta proposta, é integrar o Instituto de Águas e Esgotos do Piauí nesse empreendimento; inclusive destinando algum recurso para auxiliar na elaboração das iniciativas, durante determinado período, para avançar na solução definitiva naquela enorme área do Semiárido, das populações com falta de água e/ou insuficiente.
O Estado do Piauí não pode ficar ausente nesse projeto. Todas as justificativas são favoráveis ao Piauí e à sua população.
O Estado do Piauí, pelo Instituto de Águas e Esgotos do Piauí, estaria integrado à solução; porquanto, a base física territorial é toda piauiense e a água para provimento da adutora do Sertão está disponível no Poço Violeta e garantida por três séculos, consequentemente trezentos anos.
MAGNO PIRES é Diretor-geral do Instituto de Águas e Esgotos do Piauí – IAEPI, Ex-Secretário de Administração do Piauí e ex-presidente da Fundação CEPRO.