Analistas do mercado começam a rever projeções para o dólar
O mercado financeiro tem refeito suas projeções para a cotação do dólar frente o real. A cada semana, os analistas diminuem suas expectativas para o valor da moeda norte-americana ao fim do ano e de 2017.
O Boletim Focus, que traz essas projeções, é uma pesquisa semanal realizada pelo Banco Central e que reúne as previsões de cerca de 100 analistas. Para este ano, as expectativas caíram de R$ 3,60 para 3,43. Há um mês essa previsão era maior, estava em R$ 3,68.
Para o próximo ano, a projeção recuou de R$ 3,80 para R$ 3,70. Um mês antes a previsão era de R$ 3,85, número bem maior que o atual. Essa reversão das expectativas depois de o presidente do Banco Central Ilan Goldfajn, afirmar que deixará o dólar flutuar livremente.
A fala dele ocorreu na semana passada e levou a uma alta da Bolsa de Valores de São Paulo (BM&FBovespa) e a uma queda do dólar. Desde então os principais nomes do mercado financeiro começaram a rever seus cenários.
Nível de confiança
O discurso de Goldfajn levou a uma onda de otimismo e de aumento da confiança na economia brasileira e na recuperação das contas públicas. O presidente do BC também deixou claro, na ocasião, que fará um forte enfrentamento contra a alta de preços no País.
Entre os analistas que mais acertam as previsões, grupo chamado pelo BC de Top 5, a expectativa é de que a divisa norte-americana chegue ao fim do ano valendo R$ 3,39. Para 2017, a projeção é de R$ 3,50.
Cotação do dólar
Essa cotação de dólar, até o momento, tem se mostrado favorável ao setor produtivo brasileiro e colaborado para amenizar os efeitos da crise econômica. Dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços mostram que a balança comercial segue no positivo.
Em junho, as exportações superaram as importações em US$ 3,9 bilhões. Com esse desempenho, no acumulado do ano, o Brasil registra um saldo positivo de US$ 23,6 bilhões na balança comercial.
Fontes: Portal Brasil, com informações do Banco Central, Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços e Bolsa de Valores de São Paulo.