Economia

ANGUSTIADO E BARATINADO NA CRISE

ANGUSTIADO E BARATINADO NA CRISE

ANGUSTIADO E BARATINADO NA CRISE

           

Magno Pires

 

            Estou angustiado e baratinado com os rumos de grandes incertezas da nação brasileira e da economia, que se agravam novamente, em verdadeiro quadro recessivo, embora o novo governo, bem intencionado, do presidente Bolsonaro e a iminente aprovação da reforma da Previdência até julho, conforme anúncio do presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia.

            A reforma da Previdência, entretanto, não é uma panaceia que solucionará todos os problemas nacionais. Ela tem efeitos benéficos de longo prazo. Especialmente quanto ao enorme déficit público de R$ 139 bilhões nas cantas públicas; não eliminará a colossal taxa de desemprego de 13,1 milhões; não reativará as 365 mil empresas desativadas; não positivará, de imediato, os 62,7 milhões de brasileiros negativados nesse maldito SERASA, bem como os quatro milhões de empresas na mesma condição no CADIN. E não serão também reabertos os vários pontos comerciais que continuam encerrando as suas atividades por falta de transações/negociações de compra e venda. Pois, os clientes, não comparecem às lojas e departamentos para adquirirem bens. Eles não dispõem de dinheiro. O real está difícil. Desapareceu do mercado. Está tremendamente desvalorizado. Perdeu enormemente o seu poder de aquisição.

E os pobres são os mais sacrificados neste momento.

Nos supermercados os preços dos produtos foram muito majorados. A inflação da demanda é muito alta. Todos os mercados tiveram os valores dos produtos abusivamente adulterados. Ou fantasticamente aumentados.

A maquininha da remarcação de preços foi “desativada”, mas os funcionários dos supermercados, disfarçadamente, logo pela manhã cedo, quando há poucos clientes, colocam e/ou substituem as eti            quetas, com os novos preços dos produtos. A operação é de aumento, embora com certo disfarce, porém, está à vista de todos, sem cerimônia.

O Hiper Bompreço da Cadeia Walmart na avenida Frei Serafim acaba de encerrar as suas atividades, após vários anos de funcionamento; o restaurante Carnaúba, com mais de 40 anos funcionando no bairro Jóquei Clube, na avenida do mesmo nome, também fechou; o restaurante e churrascaria Avenida, na av. Jóquei Clube, também encerra seu negócio; a Farmácia da Rede Extrafarma fechou também na avenida Jóquei Clube. Além dessas nomeações de negócios extintos, inúmeras ocorrências equivalentes registram-se no Piauí, notadamente na periferia da Capital, com pequenas casas comerciais, como quitandas, quiosques, bares e restaurantes fechando as suas portas na volúpia da crise econômica, que se acelera, mesmo com as medidas ante crise do superponderoso, eficiente e determinado Ministro da Economia, economista Paulo Guedes.

Percebo, com muita tristeza e maior preocupação, apenas, que a crise, que evolui sem previsão de estancamento e/ou paralisação, nem sequer moderação, está acumulando, aumentando e/ou constituindo dívidas na União, nos Estados, nos municípios, nas empresas, nas pessoas físicas e, consequentemente, renda para que esses entes públicos e privados possam liquidar e/ou quitar os seus débitos e/ou dívidas.

E os credores, sem pejo, adicionam multas, juros e correção monetária, nesses débitos, já grandes.

Ou os credores e devedores negociam racional e consequentemente essas dívidas constituídas, com grandes descontos, inclusive com taxas de juros pagáveis; ou ninguém receberá os seus créditos. E um dos aspectos da recessão é ninguém poder solver os seus compressivos financeiros.

Poucas pessoas saem à rua para negociar. Elas não dispõem de dinheiro. A crise é fortíssima no bolso do brasileiro. E quem desejar ver o estado calamitoso da economia e da crise e de seus negócios na praça, é só ir, à tarde, no centro comercial de Teresina e nos Shoppings, para ter certeza desse quadro caótico, de flagelo, de incertezas da economia do Estado brasileiro.

A economia, reafirmo, está paralisada. E os sintomas e/ou prenúncios são de recessão. Não há negócios à vista. A previsibilidade econômica não é otimista. As áreas de comércio e de serviços estão desanimadas e sem transacionar os seus produtos.

Há, sem nenhum exagero, fechamento de negócios em todas as regiões do Estado e do Brasil. E em todos os setores, inclusive nos de serviços hospitalares. É muito grande a gravidade da crise, embora o CDL, em festa de aniversário, em palavras de alguns líderes ouvidos, esteja animado,certamente para não jogar mais fogo na crise, com sua forte autoridade .

 

                                                                                                                 

Magno Pires é Membro da Academia Piauiense de Letras, ex-Secretário da Administração do Piauí, Advogado da União (aposentado), jornalista, administrador de empresas, ex-consultor jurídico da Companhia Antactica Paulista (Hoje AMBEV) 32 anos. Portal www.magnopires.com.br com 115.857.318 acessos em 9 anos e oito meses. e-mail: [email protected].