APL: DE 1917 A 2017, 1 SÉCULO DE CULTURA... (I)
APL: DE 1917 A 2017, 1 SÉCULO DE CULTURA... (I)
Magno Pires
Nascida nos burburinhos da Revolução Comunista(?) e/ou socialista de 1917, bem como nos rumores da I Grande Guerra Mundial (1914-1918). E, com elas, os seus líderes construtores e idealizadores – Jônatas Batista, Celso Pinheiro, Ludício Freitas, Antônio Chaves, Baurélio Mangabeira, Edison Cunha, Fenelon Castelo Branco, Clodoaldo Freitas, Higino Cunha e João Pinheiro, possivelmente, aprenderam, apreenderam e manejaram os protestos ideológicos, políticos, sociais, culturais e também econômicos, que construíram e sustentaram os fundamentos à maior “reforma” porque passava um Estado-Nação.
N’aquele limiar do convulsionado Século XIX, de 1917, os bolcheviques, os revolucionários russos, impunham uma derrota à elite perversa czarista russa que submetia o povo à mais brutal e violenta das purgações e barbárie de sacrifícios, tortura, exílio, fome e morte sob um regime, especialmente político-ideológico conservador, mas também social e econômico injustos.
A revolta, com posterior queda do comando político-social, liderado pelo Czar imperador Nicolau II, certamente influenciou, com protesto, esses líderes culturais e literários piauienses, para instituir a Academia Piauiense de Letras – APL como e/ou Centro de conhecimento, de saber, de Cultura e de estudos. Mas, principalmente de protestos, n’aquele momento, desfavorável ao arbítrio e às diatribes perpetradas sobre as camadas humildes, sacrificadas e espoliadas na outrora toda poderosa Rússia, já então a 5ª maior potência econômica mundial.
Os mencheviques venceram a revolução e derrubaram o imperador, aliado da Inglaterra e do Japão, mas submetido aos interesses dessas nações conquistadoras e colonizadoras.
Criada nesse cenário conturbado de revolução civil na Rússia e de guerra mundial, quem imaginaria que uma Casa de Cultura vingasse e fizesse uma outra verdadeira revolução, agora cultural, no Piauí? Exclusivamente o idealismo, o atavismo, a coragem política e literário e a determinação desses jovens atrevidos intelectuais sustentaram e basilaram as suas ânsias e vontades. E ímpetos. Quantos e/ou todos não foram chamados de loucos? De oportunistas? o idealismo e a ideologia de todos predispunham o interesse legítimo de dotar o Piauí de uma Casa de Cultura, ainda que de protestos e/ou de apoio aos movimentos revolucionários que o planeta experimentava e/ou passava naquele exato momento histórico.
Eles, entusiasticamente, colocaram o Estado do Piauí no intercâmbio dos movimentos mais ideológicos, políticos, sociais, porém, também culturais
revolucionários do mundo. Foram ativos, proativos, inovadores e não indiferentes. Precipuamente idealizadores. Participaram ativamente das ações (re)novadores, tendo como objetivo a criação da Academia Piauiense de Letras.
Se a formulação da Academia Piauiense de Letras – APL, ressurgiu nesse vasto campo de construção, moldura e de (re)invenção e respectiva renovação, extremante bem consolidado sob todos os aspectos e/ou prismas, não poderia fraquejar, no porvir, perante a sua própria longérrima e bela história. E alcançar e alçar um século!; legando, notadamente, à sociedade piauiense, uma belíssima e extraordinária história que se concretiza fortemente e se renova; e produz um variado e invulgar instrumento lítero-cultural, capaz de mantê-la viva e pulsante, efervescente, renovadora e criadora, sem entregar-se, arrefecer-se e submeter-se às vicissitudes do espaço temporal tão adverso a tão infinito, sem produção. É, portanto, multifacetária, inovadora e criadora, com larga produção literária.
Magno Pires é membro da Academia Piauiense de Letras, ex-Secretário da Administração do Piauí, ex-consultor jurídico empresarial da Companhia Antactica Paulista (Hoje AMBEV) 32 anos. Portal www.magnopires.com.br com 96.300.112 acessos em 8 anos e quatro meses, e-mail: [email protected]