A arrecadação de impostos e contribuições federais atingiu R$ 90,720 bilhões em setembro e foi recorde para o mês, informou nesta quarta-feira (29) a Receita Federal. O valor, já corrigido pela inflação, representa alta de 0,92% em relação a setembro de 2013 e foi puxado pelas receitas extraordinárias, como oPrograma de Recuperação Fiscal, o chamado Refis da Crise, que rendeu R$ 1,630 bilhão em setembro.

Também contribuiu para o resultado de setembro o aumento da massa salarial de 8,05% ocorrido em agosto. Sem a correção da inflação, a alta da arrecadação foi de 7,73% em setembro, sobre igual mês do ano passado, quando totalizou R$ 84,212 bilhões.

Sobre o resultado da arrecadação total neste ano de 2014, em relação a 2013, o secretário-adjunto da Receita, Luiz Fernando Teixeira, disse que ainda é preciso observar como vão se comportar as variáveis futuras, que dependem do cenário econômico do País. “Temos de aguardar o relatório de receitas e despesas que deverá ser publicado agora em novembro, ele traz variáveis importantes, que a Receita sempre leva em consideração para fazer suas estimativas de receitas para o ano", disse ele.

Resultado parcial

No ano até setembro, a arrecadação federal somou R$ 862,510 bilhões, alta real (descontada a inflação) de 0,67% em relação ao mesmo período de 2013. Nesse período, a arrecadação com parcelamentos como o Refis somou R$ 8,767 bilhões.

Já a arrecadação das receitas administradas teve uma alta real de 1,01% em setembro, somando R$ 88,700 bilhões, na comparação com 2013. No ano, a arrecadação das receitas administradas atingiu R$ 831,564 bilhões, o que representa uma alta real de 0,52% em relação a igual período de 2013 e avanço nominal (sem descontar a inflação) de 6,79%.

Os recuos foram registrados na arrecadação do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), principalmente, nos meses de janeiro e fevereiro.

A receita própria de outros órgãos federais foi de R$ 2,023 bilhões em setembro, redução em termos reais de 2,65% na comparação com igual mês de 2013. No acumulado do ano, a arrecadação foi de R$ 30,947 bilhões, alta real de 4,96% na comparação anual. Em termos nominais, as receitas próprias de outros órgãos subiram 3,92% em setembro.

Para onde vai o dinheiro dos impostos

Os recursos provenientes da arrecadação de impostos são utilizados diretamente pelo governo federal na saúde, educação, programas de transferência de renda e de estímulo à cidadania, como o Fome Zero e o Bolsa Família. Uma parte considerável retorna aos estados e municípios para ser aplicada nas suas administrações.

O Refis da Crise é um parcelamento de débitos tributários, instituído pela Lei 11.941 de 2009. A adesão ao programa foi reaberta  até 31 de dezembro de 2013 e depois  ampliado para 25 de agosto de 2014 (data fixada pela MP 651/2014), compreendendo os débitos vencidos até 31 de dezembro de 2013.

Fonte: Portal Brasil com informações da Receita Federal