A legião de pobres e miseráveis cresce assustadoramente. O Bolsa-Família, instituído no governo social-democrata de FHC, e implementado na administração, também esquerdista, do presidente Lula, teria minimizado a fome de milhões. As estatísticas do IBGE e do IPEA falam sensacionalisticamente na redução da pobreza. Entretanto, não é esse o quadro que se observa nas regiões norte e nordeste e nas inúmeras favelas fincadas nas periferias das cidades de grande e de porte médio do Brasil.
     O esgarçamento social, com a desestruturação das famílias, com origem econômica, aumenta esse quadro. As políticas públicas não produzem o efeito esperado por que na outra ponta perdura o histórico problema da concentração de renda e da desigualdade de renda. E sem o combate dessas distorções econômicas e sociais jamais haverá extinção das diversas modalidades de crime.
     O FÓRUM SOCIAL MUNDIAL (FSM), organizado pelo empresário Oded Grajew, de combate ao neoliberalismo, que fará 10 anos em janeiro/2010 (Folha de São Paulo, tendências/debates de 29.11.2010) fala do aumento da concentração de renda e da desigualdade social.
     Esses fóruns, tanto o Fórum Econômico Mundial quanto o Fórum Social Mundial, embora defendendo ideologias diferentes, produzem efeitos benéficos em todo o corpo social, com abrangência transnacional.
     O artigo do empresário Oded Grajew alerta para as reais e graves ameaças representadas pelo nosso modelo de produção e consumo, e defende a imperiosa necessidade de implementação de um modelo de desenvolvimento justo e sustentável..., com distribuição e igualdade de renda, como forma de acabar com a fome no mundo.