Balança comercial poderá fechar 2017 com superávit de US$ 70 bi
Diante do bom desempenho da balança comercial brasileira, o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços decidiu avaliar novas projeções para 2017. Segundo informações da pasta, divulgadas nesta sexta-feira (27), a expectativa é que a balança feche o ano com um superávit que pode variar entre US$ 65 bilhões e US$ 70 bilhões. Até então, a previsão era de que o saldo positivo ficaria ao redor de US$ 60 bilhões.
Os números refletem, principalmente, o desempenho das exportações brasileiras, cuja alta acumulada no ano é de quase 20%, com vendas externas expressivas puxadas por automóveis, veículos de carga, produtos siderúrgicos, produtos do agronegócio e commodities minerais.
A pasta vai anunciar os índices de outubro e do período acumulado até agora em 2017 na próxima quarta-feira (1º). O secretário de Comércio Exterior do ministério, Abrão Neto, explica que "em termos absolutos, a exportação apresenta aumento de US$ 25 bilhões, entre janeiro e setembro, na comparação com o mesmo período de 2016". Até setembro de 2016, as exportações ficaram em US$ 139,4 bilhões, enquanto no mesmo período deste ano atingiram US$ 164,6 bilhões.
Segundo o Ministério da Indústria, impulsionaram o resultado positivo as exportações de petróleo bruto (US$ 6.2 bilhões); minério de ferro (US$ 5 bilhões); soja (US$ 4.5 bilhões); automóveis de passageiros (US$ 1.7 bilhão); produtos siderúrgicos (US$ 1.5 bilhão); derivados de petróleo (US$ 961 milhões); e veículos de carga (US$ 604 milhões).
Setores que apresentaram desempenho superior, de acordo com a Secretaria de Comércio Exterior (Secex):
Produtos agrícolas: Os preços das commodities agrícolas se comportaram de forma sustentável e crescente neste ano. A celulose, por exemplo, registrou crescimento de 8,5%; açúcar, 20%; carne de frango, 9,2%; e carne bovina, 5,5%. "A soja apresenta um pequeno aumento de preço de 1% no ano. Porém, como o volume é muito grande, essa variação contribui positivamente para o aumento das exportações", disse Abrão Neto.
Automóveis de passageiros e veículos de carga: Já era previsto aumento de exportação deste setor, mas, segundo Abrão Neto, "surpreende com crescimento de 52% na quantidade de automóveis exportados e de 26,4% na quantidade de veículos de carga".
Petróleo e derivados: Neste setor, também era esperado desempenho maior, mas houve também crescimento no volume exportado de petróleo bruto (37,3% até setembro).
Produtos siderúrgicos: As expectativas do início do ano foram superadas com aumento de 36% até setembro.
Fonte: Governo do Brasil, com informações do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços