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BCE SOCORRE 1323 BANCOS EUROPEUS

                         O Banco Central Europeu socorre 1.323 bancos europeus com um 1 trilhão e dezenove bilhões de euros para conter a crise das dívidas soberanas dos países europeus. O Banco Central emprestou 530 bilhões de euros (1,2 trilhão de reais), em 29 de fevereiro para 800 bancos; contudo, há três anos, foram repassados 489 bilhões de euros para auxiliar na crise das dividas de mais 523 entidades creditícias européia.                 A injeção de recursos é importante não apenas para o mercado financeiro, mas também para a economia real, porque com os recursos do BCE, evita-se que o mercado interbancário (de empréstimos entre as instituições) fique sem liquidez, o que reduziria a oferta de crédito a empresas e consumidores. Em outra linguagem: é falência geral mesmo do sistema, com o encerramento das atividades dos bancos. E os Bancos Centrais têm essa finalidade em todo o planeta.                 A Itália foi uma das principais beneficiadas pela primeira operação. O país que tem uma dívida de cerca de 120% do PIB (Produto Interno Bruto), estava pagando juros crescentes para convencer os investidores a comprar seus títulos.                 A crise bancária européia é monstruosa. Mas a própria autoridade financeira central toma a decisão para salvar o sistema. No Brasil, que também passou uma crise profunda equivalente, todos criticavam o Banco Central do Brasil porque resguardou os bancos, emprestando recursos a longo prazo.  Porém, muitos fecharam as suas portas, especialmente os bancos dos Estados, sob a alegação de que serviam de estrutura política aos governos estaduais nas suas campanhas e faziam saques sem respaldo, isto é, sem provisão, propiciando dificuldades financeiras, tudo por orientação do FMI, que analisava os contas nacionais.                 Entidades bancarias como o Econômico, BANORTE, NACIONAL, BAMERINDUS, Mercantil de Pernambuco, Banco do Povo, dentre centenas de outros que foram fechadas, enquanto a Europa protege suas entidades creditícias. Evidente, que atualmente o Brasil tem um setor bancário consolidado, mas quanto não custou o seu fechamento em termos sociais e econômicos, com a eliminação de milhares de postos de emprego e a desagregação de famílias? A crise bancária brasileira merece um estudo, após a de 2008 no planeta.                 O Parlamento da Finlândia aprovou a participação do país  no segundo pacote de resgate a Grécia, que inclui um empréstimo de 130 bilhões de euros. E a Alemanha contribui com 1,25 bilhão de euros no novo resgate à Grécia.                 A Grécia parece o país mais protegido na zona do euro. O Presidente da Comissão Européia, José Manuel Barroso, vai incluir na pauta um pacote de 19 bilhões de euros em investimentos nos próximos quatro anos, para combater a recessão. Os recursos viriam do Banco Europeu de Investimentos e de fundos da Unidade Européia.                 A determinação da autoridade Bancaria Central Européia é de proteção total ao sistema, enquanto no Brasil, por orientação do FMI e dos países ricos de então e hoje pobres, era de liquidar o nosso sistema, fechando os bancos e/ou vendê-los para HSBC, SANTANDER e outros bancos estrangeiros. Essa mesma concepção, prevaleceu para entidades regionais de desenvolvimento como SUDENE, SUDAN, SUDERSUL, SUDECO, que os países ricos (os pobres de hoje), através do FMI, queriam liquidar literalmente. E agora, Europa, Estados Unidos, países ricos? Os emergentes não querem fechar as casas bancarias dos ricos, porém, o mundo do rico em conjunto promoveu um derrame de 4,6 trilhões de dólares entre a quebra dos Lehman Brothers, em 2008, e o ano passado.