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Boa Vista (RR) recebe 59 profissionais do Mais Médicos

Boa Vista (RR) recebe 59 profissionais do Mais Médicos

 Unidade Básica de Saúde (UBS) Olenka - em Boa Vista (RR) - atende uma população de aproximadamente 32 mil pessoas no bairro Caindé, periferia da cidade. O número reduzido de médicos somado à alta demanda não permitia desenvolver a Estratégia Saúde da Família (ESF). Só era possível fazer as consultas das pessoas que procuravam o posto de saúde no dia a dia. Agora, com a chegada de quatro profissionais do programa Mais Médicos, a UBS começou a desafogar o fluxo de pessoas, o que permitiu montar os grupos prioritários, fazer as buscas ativas e visitas domiciliares.

“Estamos em um processo de reestruturação. A gente já está trabalhando com visitas domiciliares, criação de grupos de hipertensos, grupos de grávidas. Tudo isso é novo”, revela Maria Vauliam Ferreira de Brito, profissional brasileira do Mais Médicos que atende na UBS.

Ao todo, a cidade recebeu 59 médicos do programa. Segundo o secretário municipal de saúde de Boa Vista (RR), Marcelo de Lima Lopes, a atenção básica estava desestruturada e o principal problema era a falta de profissionais para trabalhar 40 horas semanais. “Criou-se um colapso na credibilidade da atenção básica. As pessoas começaram a procurar direto o hospital ao invés dos postos de saúde”, explicou o secretário. Marcelo Lopes diz que ao colocar os médicos em locais estratégicos com alta densidade populacional, as pessoas passaram a ir mais aos postos de saúde, aumentando a credibilidade da atenção básica.

A médica Maria Vauliam ressalta que os profissionais de saúde - agentes de saúde, enfermeiros, médicos - tiveram que, primeiramente, fazer um levantamento para saber quantos hipertensos, diabéticos, grávidas de risco, entre outros grupos, têm na comunidade. “Porque primeiro temos que saber quais as principais enfermidades aqui da nossa área para trabalhar em cima delas”, explica a Dra. Maria.

A diretora da UBS Alenka, Ana Cláudia Almeida de Souza, afirma que a chegada dos profissionais do programa permitiu reduzir a espera por atendimento. “Antes tínhamos uma demanda reprimida muito grande. Agora conseguimos que as pessoas sejam atendidas no mesmo dia”, garante Ana Cláudia.

"A diretora preferiu descongestionar primeiro. Então agora já estamos trabalhando para dentro da comunidade”, garante a médica Maria Vauliam. Ela disse que no começo eles atendiam certa de 30 pacientes por dia e hoje são 13 ou 15 por dia, dando tempo para desenvolver a Estratégia de Saúde da Família. “Como eram poucos médicos mal dava para atender quem vinha ao posto. Agora dá pra fazer esse trabalho e ainda atender a comunidade, inclusive os acamados, pois antes não tinha visita domiciliar”, completa.

Fonte: 
Blog da Saúde