Brasil e OCDE definem plano para crescimento sustentável
O governo brasileiro e a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) apresentaram nesta terça-feira uma agenda comum de trabalho para os anos 2016 e 2017. A ideia é garantir ao Brasil uma integração mais dinâmica ao comércio mundial, crescimento inclusivo e sustentável, criação de empregos, qualificação de trabalhadores e melhoria em programas sociais e educacionais.
O programa de trabalho foi anunciado pelos ministros das Relações Exteriores, embaixador Mauro Vieira; e da Fazenda, Joaquim Levy, e pelo secretário-Geral da OCDE, Angel Gurría, em uma maior proximidade e colaboração entre o Brasil e a entidade internacional.
"Os projetos estão ancorados numa longa trajetória de cooperação, e o Brasil já é membro de vários mecanismos da OCDE”, disse Mauro Vieira. "A abrangência dos temas cobertos pelo programa retrata um Brasil disposto a aprender e ensinar”, reforçou o chanceler.
Com sede em Paris, a OCDE é uma organização internacional que promove políticas públicas visando aperfeiçoar o bem-estar social e econômico. A entidade possui 34 países membros, entre os quais Alemanha, Canadá, Chile, Estados Undos, Japão, Israel, Turquia.
O Brasil não integra o grupo dos países membros, mas se insere no grupo considerado pela OCDE como “parceiros-chave” e do qual fazem parte também a China, Índia, Indonésia e África do Sul.
Nas palavras do ministro Mauro Vieira, a proposta de trabalho reflete o atual estágio do país na esfera internacional. “O programa oferece um retrato claro do Brasil, cuja presença no mundo se dá de forma aberta”, disse o embaixador.
“Nossa tarefa é o fortalecimento de um país cuja vocação é promover a prosperidade e cujo imperativo moral e político é vencer as desigualdades.”
A partir da agenda comum para os próximos dois anos, o Brasil participará de forma mais ativa dos comitês e grupos de trabalho da OCDE, incluindo temas sobre contas públicas, investimentos, concorrência e governança corporativa.
O programa prevê ainda adesão do governo brasileiro a vários instrumentos da OCDE relacionados a proteção ao consumidor, segurança digital e política de internet, política regulatória e de igualdade de gênero.
Fonte: Portal Brasil