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CHAFURDADA A SUCESSÃO EM TERESINA
O PMDB não tem jeito mesmo! É o maior partido do Brasil, mas só gosta mesmo de ser coadjuvante, linha auxiliar. Sempre procura ser vice em qualquer eleição majoritária. Agora corre atrás do PSDB. Quer ser o vice do tucano Firmino. E parece já ter indicado o ex-ministro João Henrique de Almeida. Certamente um ótimo elemento da agremiação peemedebista, porém, para ser cabeça de chapa jamais vice de tucano. O partido não se firmará. Deixa a base governamental. Esgarça o situacionismo, aderindo ao PSDB, sem levar vantagem. Essa posição não é boa para o PMDB; tampouco para o vice governador Zé Filho, que estaria ungindo o acordo, também com o apoio do ex-governador Freitas Neto, atual assessor do vice-governador na FIEPI. O tucano Firmino está à frente em todas as pesquisas de opinião pública. Entretanto, não está assegurada sua vitória. Por isso, quer outros parceiros, que não estão fáceis, mesmo se tratando do líder nas pesquisas. A eleição municipal só era solucionada no segundo turno.
O PMDB tem o deputado federal Marlos Sampaio, irmão do deputado estadual Themistocles; Contudo, nem o deputado Themistocles Filho quer o irmão, como candidato porque não é confiável, imagine os outros aliados da eleição estadual de 2010. O partido prefere, como disse, ser linha auxiliar, sempre com a indicação do vice, embora uma agremiação forte, com grande dossiê eleitoral.
O PSB, também aliado de 2010, já indicou Átila Lira e Wilson Brandão, assim como os vereadores Edivaldo Marques e Rodrigo Martins, todas sem repercussão no eleitorado. Agora, Beto Rego, sai com 20% nas pesquisas, surpreendendo a base e os adversários. O governador Wilson Martins, que estava sem candidato viável, agora indicará o apresentador de televisão, como eventual candidato do partido à prefeitura de Teresina ou o designará como vice do senador Wellington Dias. E assim, a sucessão, de tão chafurdada, parece encaminhar-se à resolução.
O PT, para receber o vice, numa eventual coligação com o PSB e a base governista, terá que sacrificar o deputado Cícero Magalhães, que correu para os braços do PTB, com vice de Elmano Ferrer, atual prefeito de Teresina. O PSB, desde que haja uma parcial reagrutinação da base governamental, excetuando o PMDB, se contentaria com o vice na chapa de Wellington Dias, que quer também realizar um sonho, nutrido a anos, que é ser prefeito da capital. Mas Wellington terá que convencer o PSB a não ter candidato.
A reaglutinação da base aliada das eleições de 2010 provavelmente não mais será possível. Já está desagrutinada com a saída do PMDB, que indicará o vice do tucano. Contudo, assegurada a aliança de Wellington (PT) e Wilson Martins (PSB), com o senador como candidato, será vencedora, suplantando as pretensões de reeleição de Elmano e de retorno dos tucanos à prefeitura de Teresina, possivelmente também num eventual segundo turno.