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>COLIGAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE RENDA

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     O PSB (Partido Socialista Brasileiro), carro chefe da coligação "é mais mudança", com Wilson Martins postulando a reeleição, tem compromisso com a distribuição de renda; por conseguinte, com a extinção das desigualdades sociais e econômicas tão gritantes no Brasil. E, no Piauí, setores políticos, econômicos, culturais e sociais não aceitam e nem sequer toleram comentar assuntos dessa natureza. Ainda pontuam ser coisas de esquerdista e/ou comunista. O atraso, de origem semi-feudal e escravocrata, persiste.
     Mas, o país, embora conviva com essas eternas distorções, alguns partidos políticos aceitam discutir essas questões sociais e econômicas fundamentais, dando-lhes visibilidade nacional. O PSB e sua coligação aceitam.
     Intelectuais e economistas brasileiros e estrangeiro de renome planetário analisam aspectos da vida brasileira e concluem que a distribuição de renda e a educação ruim obstacuralizam o desenvolvimento sustentável brasileiro.
     Vejamos, pois, o que dizem Luiz Gonzaga Belluzzo, Celso Furtado e Douglass North, vencedor do prêmio nobel da economia em 1993, sobe a estrutura socioeconômica brasileira: -
     "A repactuação continuada do compromisso foi, na verdade, responsável pela trajetória que levou o capitalismo brasileiro aos impasses que o imobilizam atualmente: a deformação sistemática da vontade, imposta por um sistema político oligárquico e intrinsecamente anti-republicano; a espantosa persistência da estrutura agrária que está na origem da reprodução e ampliação das desigualdades sociais, transportadas do campo para a cidade; o patrimonialismo da grande empresa industrial, o rentismo do sistema bancário, a eterna revolta contra o pagamento de impostos por parte dos endinheirados." (Luiz Gonzaga Belluzzo, Carta Capital, 1° de dezembro de 2004)
     "O calcanhar-de-aquiles é a colossal desigualdade de renda que existe no país e o baixíssimo nível educacional de sua população. Essa é a ponta de um iceberg. Se um país quer estrelar entre as democracias modernas e eficientes, precisa ter boa distribuição de renda e ser mais bem-educado é sinal de que as instituições ainda não estão levando o país adiante como deveriam estar fazendo - Douglass North, entrevista na Páginas Amarelas de Veja de 26.11,2003"
     O mais brilhante economista brasileiro, Celso Furtado, também em entrevista para a revista Carta-Capital, em 1° de setembro de 2004, p.49: "Se o governo disser que cortes maiores incidirão nos ricos, nos que gastam muito dinheiro no estrangeiro, fará, enfim, a reforma fiscal requerida, pois os gastos suntuários em grande parte são em divisas. O governo poderia assim explicar que não estava cortando no pão dos pobres, na renda da pequena classe média, mas nos que têm margem de sobreconsumo".
     Portanto, os políticos e os empresários conservadores nem sequer aceitam discutir essas recomendações desses estudiosos porque entendem que elas são de esquerda. E as teorias deles não se aplicam no Brasil. Porém, enquanto isso, o país afunda nos imorais índices de desenvolvimento humano, por conta da colossal concentração de renda e da péssima educação fundamental e média disciplinada, notoriamente aos pobres.