Copom reduz juros para 4,5% ao ano
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu por unanimidade reduzir a taxa básica de juros da economia. A Selic passou de 5% ao ano, para 4,5% ao ano. Foi a quarta queda consecutiva dos juros básicos da economia, desde julho deste ano sendo que as reuniões do Copom ocorrem a cada 45 dias. O próximo encontro só acontece no ano que vem.
Com o novo patamar, a Selic está em seu menor nível desde 1999, quando teve início a série histórica do Banco Central a partir da implantação de política de metas de inflação.
Em nota, o Banco Central afirmou que a trajetória da inflação converge para a meta em 2020 e, em menor grau, para 2021. Para o ano que vem a meta central é de 4%, com tolerância entre 2,5% e 5,5%. Já para 2021 a meta central é de 3,75%, com tolerância entre 2,25% e 5,25%.
“Considerando-se o cenário básico, o balanço de riscos e o amplo conjunto de informações disponíveis, o Copom decidiu, por unanimidade, pela redução da taxa básica de juros para 4,50% a.a. O Comitê entende que essa decisão reflete seu cenário básico e balanço de riscos para a inflação prospectiva e é compatível com a convergência da inflação para a meta no horizonte relevante para a condução da política monetária, que inclui o ano-calendário de 2020 e, em menor grau, o de 2021”.
Na nota, o Banco Central também afirma que a conjuntura econômica prescreve uma política de juros que gere estímulos, considerando que a recuperação da economia brasileira deve continuar em ritmo gradual e o cenário externo permanece relativamente favorável para as economias emergentes como o Brasil.
O Comitê de Política Monetária enfatiza ainda que o processo de reformas e ajustes necessários na economia tem avançado, mas a sua continuidade é essencial para o processo de redução dos juros e recuperação sustentável da economia brasileira.
Por fim o Banco Central informa que o atual estágio econômico recomenda cautela e os próximos passos na definição dos juros vão depender da evolução da atividade econômica, do balanço de riscos e das projeções para a inflação.
Juros
O Banco Central utiliza os juros de duas formas. Quando a inflação está alta, o BC tem de calibrar a política monetária, aumentando os juros para conter os preços. Isso faz com que o consumo seja freado e o crédito se torne mais caro na economia.
O inverso ocorre quando a inflação está baixa. Neste caso, o Copom pode diminuir os juros, o que incentiva o consumo e barateia o crédito, gerando um ciclo positivo na economia.
Esta calibragem tem sempre no horizonte a convergência da inflação para as metas definidas pelo Banco Central.
Selic
A Selic é a taxa básica de juros da economia. Serve como uma referência para o mercado em todos os tipos de empréstimos e financiamentos como na compra de carros e imóveis, além de bens não duráveis como roupas.