A Delta está no centro de convergência da CPI do Carlinhos Cachoeira. Vencera a maioria das obras do PAC. Acaba de renunciar de contratos da ordem de R$ 859 milhões. Exclusivamente no Rio de Janeiro, por suposta fraude e/ou sobrepreço em obras do Maracanã. Mas, os seus negócios, estendem-se pelo Brasil, inclusive no Piauí, onde construira estradas; embora concentrem-se no Centro Oeste, Brasília, Goiás, Tocantins, de onde partiram as denúncias contra a empresa, o senador, Governadores e deputados, além de servidores públicos federais. Estariam, entretanto, comprometidos com as contratações ilícitos da empresa, os governadores de Goiás, Marconi Pirilo (PSDB); de Brasília, Agnelo Queiroz (PT); o Senador Demóstenes Torres (DEM) e mais cinco deputados federais. O PMDB e o PR também têm representantes com ligações com o contraventor Carlinhos Cachoeira. O senador Demóstenes Torres, desfiliado do DEM, é também, Membro do Ministério Público de Goiás, na condição de Procurador da Justiça. Tendo sido Procurador Geral de Justiça, portanto, Chefe do Ministério Público, e Secretário de Segurança Pública do Estado. Tem, por conseguinte, prestígio no Estado. Dificilmente essa CPI ficará restrita apenas a essas autoridades nominadas acima. Os desdobramentos das investigações, certamente atingirão servidores do Rio de Janeiro e até o próprio governador Sergio Cabral (PMDB). O volume de obras do PAC, embora se tratando do segundo Estado mais rico da federação, poderá ser indicativo de qualquer envolvimento. Dir-se-ia que a CPI tem o objetivo de desvirtuar as atenções do país para o julgamento do Mensalão, que acontecerá no segundo semestre de 2012. Comenta-se, também, que o ex-presidente Lula e parcelas majoritárias do PT estão estimulando a sua criação para vingar-se (ou vingarem-se) do Governador Marconi Pirilo, que enganou o ex-presidente Lula sobre a existência do Mensalão. Já a Presidente Dilma Rousseff assegura que não interferirá na CPI, por ser matéria afeta ao poder Legislativo Federal – Câmara e Senado. Dificilmente não dará sua mãozinha aqui e acolá. O Mensalão surgiu no governo de Lula; desenvolveu-se e consolidou-se na sua administração; e os denunciados, na sua maioria, pertencem ao PT; inclusive, os ex-presidente da Câmara Federal, dep. João Paulo Cunha, e o ex-Ministro-Chefe da Casa Civil, José Dirceu, símbolos da agremiação petista. Comissão Parlamentar de Inquérito – CPI não é matéria boa para nenhum governo, mesmo nos governo democráticos, como o nosso. Nunca se sabe o resultado concreto. Poderá respingar também no governo de Dilma. Todos devem ter muita cautela e moderação. Carlinhos Cachoeira, que está preso e teme ser assassinado, sabe de muito segredo. PC Farias, homem do Presidente Collor, foi assassinado. E Celso Daniel (PT) também.