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Criança Feliz cresce mais de 50%, nos primeiros sete meses de 2019

Criança Feliz cresce mais de 50%, nos primeiros sete meses de 2019

O Programa Criança Feliz, do Governo Federal, presente em todas as regiões brasileiras, teve um crescimento de 57,4% nos primeiros sete meses de 2019. Até o momento, o programa está presente em 2.620 municípios brasileiros e já atendeu mais de 781 mil crianças e gestantes. No total, mais de 21,2 milhões de visitas domiciliares foram realizadas por cerca de 18,8 mil profissionais capacitados que orientam sobre o desenvolvimento das crianças de até três anos inseridas no Cadastro Único para programas sociais do governo federal e de até seis anos que recebem o Benefício de Prestação Continuada (BPC).

De acordo com o Ministério da Cidadania, a ampliação do Criança Feliz fez ele ser considerado, atualmente, o maior programa do mundo de visitação domiciliar para atenção à primeira infância. O programa ainda foi reconhecido como uma das políticas mais inovadoras do mundo na área de educação, com o prêmio WISE Awards, da Cúpula Mundial de Inovação para a Educação. 

Resultados

Em  Pacatuba (SE), a primeira criança a receber uma das visitas, foi Wemersson, hoje com pouco mais de dois anos. Com dois anos de idade, ele fala, corre e adora andar pelo quintal em uma moto de plástico enquanto a mãe, Nubia dos Santos, prepara o almoço. É na comparação com os filhos mais velhos que a dona de casa percebe os avanços. Muitas das façanhas ela atribui ao acompanhamento do Criança Feliz. Enquanto os irmãos começaram a caminhar com 1 ano e 3 meses, por exemplo, o mais novo já andava aos 9 meses e chamava a mãe (“mainha”) e o pai, Alcino Júnior (“papai”). Orgulhosa por ter sido a primeira a receber as visitas no País, a dona de casa conta que o programa mudou a realidade da família.

Com a experiência adquirida nas outras quatro gestações, Nubia acreditava saber tudo sobre cuidados com bebês. Mas o conhecimento adquirido com o programa e pequenas alterações na rotina a fizeram mudar de ideia. “Eu cantava para ele, fazia algum brinquedo em casa e via o interesse dele”, revelou. “Ele já sabe contar, identificar as cores e tem um pouquinho de vergonha às vezes, mas fala melhor do que os outros com a mesma idade. Acho que isso tem mesmo a ver com esse acompanhamento que ele teve toda segunda-feira”.

Uma das dicas que mais impressionou a mãe foi passar esponja (“buchinha”) no corpo do bebê para ele sentir e identificar as texturas. O uso de diferentes objetos, materiais, cores e formas captam a curiosidade dos bebês e os estimulam à exploração de novas sensações. O resultado da interação é um desenvolvimento motor mais apurado, com atenção e percepção tátil.

Mesmo nos primeiros meses, ainda com pouca visão, o menino já distinguia os objetos. Aos poucos, passou a diferenciar os barulhos, atender quando ouvia o próprio nome e compreender algumas palavras. A pausa na rotina diária para dedicar-se aos estímulos e à infância de Wemersson também beneficiou os outros filhos. “Às vezes eu até deixo algumas coisas da casa para depois e vamos todos juntos para cima da cama brincar com Wemersson. Isso não acontecia, e os meus mais velhos gostam muito”, completou.

Com a proximidade dos três anos do menino e a iminente saída do programa, Nubia sorri e se diz agradecida. “Ele vai sair, mas eu fico feliz. Ele aprendeu muita coisa. Tive muita sorte por Deus dar essa oportunidade a ele. E eu também aprendi e fico feliz de saber que o Criança Feliz vai continuar para outras famílias”.

 

Ensinando a sorrir

Lecy Matias é uma das três primeiras visitadoras na cidade onde o programa começou. Ela relembra o início do trabalho: o receio quanto à aceitação das famílias, a dúvida sobre a própria performance ao fazer a visita. As lições aprendidas nos treinamentos ministrados pelo Governo Federal aos estados e por estes aos municípios transformaram a insegurança em confiança. Carregando na bolsa alguns brinquedos feitos com material reciclável e munida de muita força de vontade para mudar a realidade das comunidades, Lecy foi à luta. Discorrendo sobre a importância de ações simples e antes não valorizadas, como momentos de interação e troca de olhares durante a amamentação, conversas e brincadeiras, ela chegou à conclusão de que as relações e os laços familiares são a herança mais valiosa que pais, mães, tios ou avós podem deixar. Seja pelos exemplos, pelos sonhos despertados, por mostrar um novo caminho ou por transmitir um ensinamento. “O mais gratificante é ser bem recebida e enxergar os sorrisos. Eu vejo um futuro ali e ele é muito melhor do que o mundo que nós temos hoje”, acrescentou. Desde o início do programa, o número de atendidos pela política pública dobrou em Pacatuba, passando de 100 para 200.

“As famílias que abriram as portas das suas casas para o programa Criança Feliz vivenciam e já veem os resultados na prática. De Norte a Sul, o Governo Federal está cuidado dos primeiros anos de vida para construir um futuro melhor para todos”, afirmou o ministro da Cidadania, Osmar Terra. 

 

 Leia mais notícias sobre o programa no especial Semana da Criança do Ministério da Cidadania


Fonte: Secretaria Especial do Desenvolvimento Social