Gestão

DENGUE, ZIKA E Chikungunya

         O escandaloso susto da microcefalia comoveu as autoridades federais, estaduais e municipais, embora o surgimento da doença, provocada pela dengue, zika e chikungunya, evidencie o desleixo do país com a saúde pública e a falta de educação do povo. O mosquito  existe há muito tempo, mas era combatido sem nenhum profissionalismo, negligentemente, pelos três níveis da gestão pública do Brasil. E a sociedade também, sem nenhum exemplo nos gestores, subestimou o mosquito, ainda que a dengue haja vitimado mais de 1,5 milhão de brasileiros, exclusivamente em 2015. Todos os serviços de combate refletiam ações eventuais, e passados os momentos críticos, os órgãos aguardavam a repetição da dose no ano posterior.

         Agora, entretanto, pelo escândalo provocado no Brasil e exterior, pelo volume de casos registrados, especialmente em Pernambuco, todos se irmanaram numa ação efetiva para minimizar e/ou extinguir os focos do mosquito, em todo o pais, à frente o habilidoso ministro Marcelo Castro, da saúde.

         A saúde deve ter atividade permanente, notadamente num pais com tantas adversidades e regiões dispares, e com um território grandioso. O mosquito avança, contudo, os milhões de toneladas de lixo recolhidos das vias públicas, nas residências e terrenos baldios demonstram a poderosa ação do poder público para eliminar o poder maléfico do mosquito. Além do recolhimento dos detritos, os batalhões de agente de saúde e de colaboradores, em todas as cidades, mostram o quanto está sendo feito de efetivo, produtivo, urgente e sério, para combater o mosquito, com vistas à proteção das pessoas. Poucas ações e/ou campanhas foram tão efetivas quanto essa. E o governo, à frente o ministro Marcelo Castro, conseguiu mobilizar o corpo social e as suas instituições, ainda que para se redimir da falta, ausência, de planos e programas permanentes em defesa da sociedade. Que esta programação de defesa das pessoas, contra o mosquito seja duradoura, até a eliminação de todos os focos de seu criatório, em todo o Brasil, inclusive na imensidão da Amazônia. Sei ser muito difícil, mas é possível de ser concretizado. Afinal, a falta de saneamento básico em água e esgoto também provocou essa calamidade. Que faça jus ao nome a Vigilância Sanitária cumprindo as suas funções institucionais.

 Magno Pires é  Membro da Academia Piauiense de Letras – APL

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