Economia

DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO DO PIAUÍ

DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO DO PIAUÍ

Embora com 1,4 milhão de piauienses abaixo da linha da pobreza, com dificuldades primárias para sobreviver, o Estado terá que equacionar esse gravíssimo problema socioeconômico, com urgência, pois, o Piauí vem se destacando em alguns setores da economia. E, além de ser destaque nacional, a tendência é a de aumentar e/ou agigantar esses segmentos econômicos, com o aumento de suas capacidades, alguns até registrando recordes nacionalmente.

                        Temos que reconhecer essa realidade insofismável porquanto a quantidade de projetos de energias alternativas – do sol e dos ventos -, tem realçado o Piauí e sua economia em um patamar jamais visto em sua política e economia.

                        A historiografia passada do Estado conotava os imensos rebanhos de gado bovino pé duro do qual também éramos um dos maiores produtores, além do extrativismo vegetal da cera de carnaúba, do babaçu, do tucum e couros e peles.

                        Ademais a exploração irracional de uma agricultura familiar focada na produção do arroz, da cana de açúcar, do milho, do feijão, da mandioca, primordialmente o ciclo de cana de açúcar também integrou esse período, mas uma indústria muito rudimentar, todas com tração animal, cujo engenho movido a bois curraleiros de engenho e de carro.

O quadro econômico, para reafirmar, era pautado no extrativismo do babaçu, da cera de carnaúba, no tucum, em uma agricultura rudimentar, no criatório do gado pé duro, de pequeno porte, em peles e couros, etc etc, porém, esse ciclo foi substituído por fatores econômicos dinâmicos e rentáveis aos setores envolvidos.

Por consequente, as energias alternativas de sol e ventos, a exploração dos cerrados, com larga produção de grãos, forte produção de calcário com várias indústrias como em Antônio Almeida e Santa Filomena, além de outros municípios.

O cenário de desenvolvimento econômico do Piauí alterou-se e/ou transformou-se em uma velocidade gigantesco, entretanto a quantidade de pobres e miseráveis só aumenta, embora o soerguimento e/ou construção desses enormes projetos, que emolduram um quadro confortável ao trabalho de uma equipe incansável.

Além das grandes melhorias nos setores econômicos, acima mencionados, devemos destacar também e com forte emoção, a introdução de uma melhoria enorme na genética do rebanho.  E a sua parcial substituição do gado pé duro pelo Nelore de maior porte e peso.

Para se ter uma ideia do cenário e volume, 208 projetos de energias alternativas – sol e ventos –, foram leiloados, incluídos na pauta do 36º leilão de energia nova para atendimento das distribuidoras no mercado regulado.

Estão no cadastro 1894 projetos, totalizando mais de 75 GW de oferta.

O Piauí é o terceiro do país com maior número de projetos no certame, sendo 208 no total, atrás apenas da Bahia, com 531 e Minas Gerais com 304.

Ao todo, a potência prevista nos projetos piauienses é de 8.060 MW (estes dados foram colhidos de reportagem do jornalista Francy Teixeira, para o jornal Meio Norte em 27/05/2022).

Portanto, enquanto reafirmo que a economia, com esses grandes projetos no Semiárido e nos Cerrados, está muito bem, há 1,4 milhão de piauienses que possam sérias restrições alimentícias e é isso que o Dr. Rafael Fonteles precisa combater fortemente no seu governo.

 

Magno Pires – Vice-presidente da Academia Piauiense de Letras, Diretor-Geral do Instituto de Águas e Esgotos do Piauí/IAEPI; Ex-secretário de Administração do Piauí; Ex-Presidente da Fundação CEPRO; Advogado da União (aposentado); Ex-Advogado da Cia. Antarctica Paulista, atual AMBEV, por 32 anos; professor e jornalista.