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DESENVOLVIMENTO SUSTENTAVEL DA ECONOMIA DO PIAUÍ

DESENVOLVIMENTO SUSTENTAVEL DA ECONOMIA DO PIAUÍ

Magno Pires

            Enquanto a economia do Piauí não reunir os elementos e/ou fatores sociais e econômicos, especialmente estes, alem dos segmentos culturais do conhecimento, do saber, da ciência e da tecnologia, não terá sustentabilidade capaz de desenvolver-se adequadamente. Sempre será uma sociedade e/ou Estado prestador de serviços com limitada capacidade de geração de riqueza, de emprego e renda; inclusive, também, pela alta concentração de renda. Embora com um cenário que contempla a construção de vários shoppings na capital, de cadeias nacionais, que se instalaram em Teresina, dando a impressão de que as mudanças também se projetam no Estado. Acontece que essas plantas comerciais surgem em todas as regiões, Estados, capitais e cidades de grande e porte médio, mas são unidades meramente de serviços. Não gerando e/ou produzindo inovação tecnológica no mercado onde se instalam. São centros de comércio, com geração de empregos, com absorção de mão de obra, sem alta qualificação, e sem produzir forte impacto nos demais setores, inclusive no industrial; justamente por ser apenas um centro/empório de troca e venda de mercadorias e serviços, migrando de outros parques industriais, especialmente de São Paulo, Paraná, rio Grande do Sul e de Estados do Nordeste.

            O Estado do Piauí, lamentavelmente, perdeu os tempos áureos da SUDENE. Enquanto as demais unidades federativas do Nordeste, notadamente  Bahia, Ceara, Pernambuco receberam fortes investimentos, com a instalação de grandes plantas industriais, que ajudaram firmemente na estrutura dos fundamentos econômicos desses Estados.

            Os governadores dos outros Estados, com o apoio técnico e financeiro da SUDENE, através do FINOR, definiram os pólos industriais dessas unidades. O Piauí ficou deblaterando que a autarquia só “ajudava” os Estados mais ricos da região. Isso não era verdade. Os representantes políticos do Piauí, seus empresários, com exceção do mega-empreendedor João Claudino foram fracos e incapazes de defender os interesses do Estado, como acontece ainda presentemente.

            O Piauí continua sem porto marítimo e a sua construção haja virado uma falácia; a energia elétrica consumida no Estado, é de péssima qualidade; nosso litoral, sem infraestrutura física e social, para receber os turistas; perdura o “endeusamento” da castanha de caju, do mel de abelha de Picos, da cera de carnaúba... produtos que não fortalecem fortemente a economia do Estado; enquanto isso, a infraestrutura da região dos cerrados, cujo agronegocio é o mais dinâmico do Piauí, permanece  sem atender as necessidades dos empresários que enfrentam, por exemplo, as péssimas estradas para escoar a produção de grãos 

Magno Pires é advogado e Membro da Academia Piauiense de Letras – APL.