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DILMA REVIGORA A SUDENE COM WILSON

            No intrincado, difícil e competitivo jogo político-administrativo regional, com os líderes nos Estados disputando cargos/espaços nos órgãos federais sediados na região Nordeste, coube ao Governador do Piauí, Wilson Martins, a grande responsabilidade de indicar o novo Superintendente da SUDENE. Atitude histórica e inédita porque pioneira relativamente ao Piauí.             Wilson, entretanto, assim creio, não se fez de rogado, inobstante o desgaste histórico do organismo no cenário regional, mas deve ter posto à presidente Dilma uma condição: suplementar  os recursos alocados ao organismo regional, para poder priorizar e viabilizar o seu revigoramento e/ou fortalecer as estruturas sociais e econômicas na sua área de abrangência. Pois, orçamentariamente, a Autarquia dispunha de apenas R$ 200 milhões, quantia insignificante e insuficiente para permitir alavancar, por conseguinte, a realização dos programas, planos e projetos, num amplo campo de ações e metas, como pretende Wilson Martins, com a designação do professor José Luiz Paes Landim, este com vasta experiência na administração pública brasileira.             Certamente, com a concessão do cargo ao Piauí, e as alegações apresentadas pelo Chefe do Executivo quanto a exigüidade do orçamento, a presidente Dilma Rousseff, sensibilizada e reconhecendo a insuficiência dos recursos, compreendeu a postura do líder político do Piauí e, de imediato, encaminhou Medida Provisória ao Congresso Nacional pedindo crédito suplementar de R$ 2,2 bilhões ao orçamento da SUDENE.             Com a decisão, demonstrou a presidente o desejo político-administrativo de mudar a sua política de atuação; e querendo realmente um relacionamento de construção de obras para minimizar os efeitos letárgicos já consolidados em setores nacionais e até regionais de que a SUDENE exauriu sua capacidade construtiva e empreendedora como instrumento de planejamento para uma região tradicional problemática. Desfeita, portanto, essa imagem.             Os sucessivos presidentes, antecessores da presidente Dilma, não priorizaram o órgão. Deixaram-no entregue às traças e teias, sem recursos, e o superintendente também sem qualquer capacidade de movimentação e mobilização política, porque sem orçamento adequado. E sem respaldo dos governadores, sem prestígio em Brasília, ganhou o anedotário, até o presidente FHC substitui-la pela ADENE – Agencia de Desenvolvimento do Nordeste. O presidente Lula restabeleceu parcialmente as suas funções como SUDENE, porém, também, sem transferi recursos para desempenhar as suas atribuições. Todavia, mesmo com a decisão do ex-Presidente  Lula, o órgão permaneceu sem poder desempenhar e desenvolver as atividades constantes do seu ideário e conceito como instituição de planejamento regional. Porque, mais uma vez, sem recursos adequados – reafirma-se.             Ressalta-se, portanto, ter a SUDENE, com o seu trabalho de várias décadas, melhorado as condições sócio-economicas da região. O Nordeste de hoje é estruturalmente diferente do das décadas de 50 e 60. Por isso, não se pensa numa SUDENE com as atribuições originais  de sua criação. Por que houve avanços fantásticos com sua atuação. Contudo, uma Autarquia, para corrigir rumos, preservar metas e ações e desenvolver trabalho numa região que enterrou o ciclo da pobreza, do analfabetismo, dos vícios políticos endêmicos... quer-se a SUDENE, como instrumento de estudo-cientifico de políticas e programas e a preservação do que projetou para o Nordeste.             A presidente Dilma, como JK, outro mineiro ilustre, que criou a SUDENE, restabelece financeiramente o seu poder, atendendo requerimento e certamente condição-ponderação do governador Wilson Martins para aceitar o cargo, indicando superintendente o professor José Luiz Paes Landim. A presidente ganha, pois, popularidade e respeito do Nordeste, com a atitude efetiva em prol da SUDENE. Os nordestinos agradecem