O dissidente chinês Liu Xiaobo, ganhador do Prêmio Nobel da Paz e prisioneiro político no país, declarou sua conquista às vítimas da repressão militar de 1989 em protesto pró-democracia. Ele foi autorizado a se encontrar com a esposa, Liu Xia, ontem, a quem revelou chorando que o prêmio “Vai primeiro” para aqueles que morreram em 4 de junho de 1989, nos protestos da Praça de Tiananmen, em Pequim.
     Um grupo dos Estados Unidos que serve ao Conselho Internacional de Liu Xiaobo, o Freedom Now (Liberdade Já), deplorou a detenção de Liu Xia em sua própria casa.
     Com a premiação de Liu Xiaobo, o comitê do Nobel, honrou a luta de mais 2 anos do chinês em promoção dos direitos humanos e de mudanças democráticas na China, que foi desde as demonstrações na Praça Tiannen até o manifesto pela reforma política do qual foi coautor, em 2008, e que resultou em sua sentença de prisão.
     Nota do blog: A China, contraditoriamente, expande suas atividades comerciais pró-capitalismo, especialmente com os Estados Unidos, abrindo-se capitalisticamente, mas aferra-se contra a liberdade de expressão e a imprensa, ferindo os direitos humanos, mantendo pessoas pressas porque discordam do regime político. Esse país não tem sustentabilidade. Justamente por isso mantém a repressão com um policiamento muito forte contra os dissidentes.