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DISTRIBUIÇÃO DE RENDA

            Os ricos e conservadores não gostam de ouvir que o fator preponderante que mais distribui (ou desconcentra) a renda é o pagamento de salários. Justamente o que a maioria de empresários e ricaços não gosta de fazer. Esses entendem que a riqueza é fruto do trabalho e este é elemento acumulador de renda. Portanto, raciocinam também que em sendo o trabalho, exclusivamente, gerador de renda, a ação é lícita. Por isso, não há como se falar em trabalho escravo. Exploração da força humana para obter a riqueza. A pobreza está sempre aliada a riqueza e esta é produto daquela. Os países ricos  ou os seus milionários e bilionários não conseguem sobreviver sem uma legião de pobres e miseráveis. Os milhões de pobres mantém a riqueza. Mas, mesmo assim, não dispensam o trabalho desses milhões (até bilhões) de paupérrimos que residem no planeta. O sustentáculo da riqueza é a mão-de-obra dos pobres. Ricos e pobres conseguem coabitar o mesmo país, porém, esses extremos, não se juntam jamais para construir uma nação onde haja distribuição da renda, com a extinção da pobreza. Justamente porque os pobres protegem a riqueza sob as mais diversas formas de exploração. Essa harmonia nunca será alcançada, embora a distribuição de renda feita pelas nações com suas redes de proteção social. Os governantes criam os programas sociais para amenizar a acentuada pobreza. O Bolsa-Família é um exemplo dessas políticas. Os empresários, para não pagar melhor aos seus funcionários/operários, alegam que os encargos sociais, os juros e os impostos são exorbitantes, o que não deixa de ser uma grande verdade. E desde que me entendo como gente que o empresário nacional reclama dessa alta carga tributária. Nenhum  governo brasileiro, mesmo os da supostamente esquerda, como FHC, Lula e Dilma consegue diminuir essa fantástica carga de impostos, encargos e taxas. Por conta disso, e sonegação também é alta. A concentração de renda nos Estados Unidos, por exemplo, permite que 400 pessoas ganhem o mesmo que 150 milhões de pessoas. Descobriu-se que os americanos que faziam parte do clube do 1% mais rico do país ficavam com 18% da renda nacional. Isso em 1915!. A reação foi de espanto. De 1979 a 2007, a renda do 1% mais rico aumentou 275%. Os Estados Unidos é um dos países que mais concentram renda no planeta, mas as empresas inovadoras do nosso tempo – Google, Facebook, Apple também são americanas. É um contrasenso. Essas empresas também pagam os melhores salários. Com essa grandiosa carga tributária e esses elevados encargos sociais, além dos juros escorchantes, adicionada a produtividade baixa da industria, dificilmente encontra-se-á um rumo a desconcentração da renda; porque os tributos em suas várias modalidades jamais permitirão o pagamento de salários mais altos para que se faça a distribuição da renda. E  alcance a harmonia salarial entre os extremamente ricos e os intensamente desprotegidos dos bens da riqueza. A distribuição de renda (ou sua desconcentração) é preponderante para que os governantes e a sociedade procedam eficazmente. Por que, enquanto não fizerem, as nações poderão investir bilhões em segurança e não terá nenhuma valia. A distribuição da renda é tão e mais premente que a educação e a saúde. Sem a distribuição da riqueza, serão inócuos (ou estão sendo) os recursos “investidos” nesses setores vitais dos países. Quase todos os crimes têm uma vertente econômica inexoravelmente.