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>EM DEFESA DO PRÉ-SAL

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     Tanta matéria (e/ou assunto) para escrever, mas sem nenhuma... tantos problemas para se criticar (ou abordar), porém, não se manifestam à minha mente; certamente cansada. Enjoada. Apática. Indiferente. Há uma vontade de fazer, contudo, o objeto transmudece (ou desaparece) na irresolução; na incapacidade real de materializar-se; na incerteza de que poderá acontecer. Todavia, resisto à incapacidade humana e à duvida cognocitiva dessa irrealidade. E procuro concretizar a objetividade determinando à minha consciência cansada, que algo deverá ser feito, realizado: a crônica (e/ ou artigo).
     Finalmente, o objetivo e/ou fato concreto impôe-se ao subjetivismo, clareando o subconsciente e a mente no sentido de que realize, concretize, a angustiante falta de matéria, que acossa o meu desejo de tornar real o assunto da crônica: e do fundo do subconciente emerge o pré-sal. A energia pretrolífera alojada milenarmente nas profundezas do subsolo marítimo entre os estados do Rio de Janeiro, Espirito Santo e São Paulo. E só no governo Lula, a Petrobras – nossa gigante! – a 5ª do planeta no setor, descobriu a riqueza. E vai explorá-la em parceria com outras empresas nacionais e estrangeiras, conforme projeto encaminhado pelo governo e a apreciação do Congresso Nascional – Senado e Câmara.
     O pré-sal é uma riqueza grandiosa, com 149 mil km². Por conseguinte, causa inveja ao mundo. Por isso, é cobiçada. Será como a nossa Amazônia: invejada e roubada, e sem a segurança necessária. Todas as empresas do mundo correrão para explorar o pré-sal. Será um campo de petróleo, porém, também, de impunidade, de violência comercial e industrial, de corrupção, de transações ilícitas, de pouco nascionalismo e civismo, e muita bandidagem, com pirataria, e tudo o mais de sórdido, que as relações comerciais e industriais podem produzir. Na amazônia pode tudo, menos o estado de direito democrático, com o ordenamento jurídico impondo as regras. Assim será no pré-sal. É assim na exploração dos cerrados, para a produção de soja. Foi assim na colônia, com a divisão das capitanias hereditárias. Assim também na ocupação do centro-oeste, com a construção de Brasília. Aconteceu o mesmo com as privatizações das empresas estatais. O processo de desenvolvimento econômico é sempre controverso e anti-jurídico.
     O Petróleo é nosso. A amazônia é nossa. Pão, feijão e as forças ocultas. Que sabe você sobre o petróleo? (Este escrito, por Gondin da Fonseca, lançado em 1955). Lí todos esses títulos. Exaltando o petróleo e a Amazônia, tudo na sua defesa, implorando a soberania do Brasil, com o petróleo e a floresta amazônica. A petrobrás, embora produzindo a gasolina mais cara do mundo, surgiu, num forte e exarcebado movimento nacionalista. Coisa do passado. Agora é o pré-sal.
     Bom, consegui escrever o artigo, após tanto adiamento e indecisão. Porque um verdadeiro vazio apoderou-se de mim. Daí adveio a forte dificuldade de fazer este trabalho. Mas o pré-sal, com as suas imensas jazidas de petróleo, a história do ouro preto, as espertezas que surgirão na exploração e na negociação das áreas, deram-me o conteúdo racionalista desta crônica. O pronunciamento de ontem do presidente Lula, em rede nascional, também ajudou-me na defesa da soberania do Brasil, com o pré-sal, o Petróleo, a Amazônia e os Cerrados.