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ESTADO DO GURGUEIA? SIM (I)

                Produzi cerca de oito artigos sobre a criação do Estado do Gurgueia e/ou a divisão necessária do Estado do Piauí. Em artigo de 4 de setembro de 1993, na página opinião do DP, com o título “Estado do Gurgueia (II)” e, anteriormente, sob o paradigma de “Estado do Gurgueia: Divisão Necessária”. Além de entrevistas que concedi à imprensa piauiense. Efetivamente sou favorável à divisão e/ou criação do Estado do Gurgueia como a forma mais rápida de melhorar as condições da população que reside n’aquela vasta e inóspita região dos cerrados e do semiarido detentoras de pobreza endêmica. A decisão do desmenbramento favorecerá a distribuição de renda; desabrochará os  elementos econômicos que impedem o crescimento sócio-econômico da enorme região, como a concentração de grandiosas áreas de terra em poder de poucos proprietários, com prevalência de latifúndios; ativará a indústria, o comércio e o setor de serviços porque o poder público será, indiscutivelmente, o grande aglutinador    e fomentador de obras públicas, com várias e vastas linhas de crédito público, que financiarão esses setores econômicos produtivos. Sabe-se, porém, que toda área inexplorada recebe, de início, os incentivos fiscais e financeiros federais para alavancar as obras públicas e financiar o setor privado. Será sempre assim no Brasil e em qualquer outra região do planeta. A SUDENE, a SUDAM e a SUDERSUL foram criadas pela genialidade de Celso Furtado e a sua equipe com esse objetivo e produziram os efeitos colimados. A criação do Estado do Gurgueia não trará nenhum prejuízo ao Piauí, tampouco ao Brasil. Pelo contrário, ajudará na solução de um grave problema que o Piauí e a União não têm condições financeiras de resolver que é o de dotar o Sul do Piauí de infraestrutura física e social para o atendimento digno aos milhares de piauienses lá residentes. A  divisão do Piauí propiciará essa demanda atualmente insatisfeita. A autonomia político-administrativa do Estado do Gurgueia viabilizará financeiramente o novo Estado e não prejudicará o Piauí, assim como a divisão não tornou inviável os Estados de Tocantins, do Mato Grosso do Sul e a transferência da  capital do Brasil para o Planalto Central na década de 60, embora um projeto concebido na carta-imperial de 1891, mas só realizado pelo ex-presidente Juscelino Kubstichek. Artigos, discursos de políticos, conferências e encontros ajudam na decisão da criação do Estado. Porém, a sua instituição requer um posicionamento mais forte e mais afirmativo dos piauienses, especialmente dos deputados e senadores, que defendem a idéia. O ex-deputado, ex-senador e ex-governador Siqueira Campos conseguiu materializar o Estado do Tocantins fazendo greve de fome no Congresso Nacional. Portanto, se os deputados que defendem a criação não fizerem algo parecido no plenário do Senado e da Câmara nada motivará as autoridades encaminharem o projeto-de-lei a votação em plenário. Os deputados Julio Cesar (PSD), Marcelo Castro (PMDB) e Paes Landim (PTB) devem conceber alguma coisa que chame a atenção do Brasil e das autoridades responsáveis pelo encaminhamento da matéria à apreciação do Congresso Nacional. Quer-se dividir para fortalecer. A divisão fortalecerá os dois – o Piauí e a nova unidade federativa