EXORTAÇÃO ÀS MULHERES NO DIA 8 DE MARÇO
EXORTAÇÃO ÀS MULHERES NO DIA 8 DE MARÇO
Magno Pires
Ainda submetida aos caprichos algozes do homem que é bruto, animalesco e perverso. Vide o número de feminicídios e violências contra a mulher. Portanto, ela necessita superar-se e desgarrar-se desse machismo e despegar-se dessa submissão. Deixar de referenciá-lo, submetendo-se às suas exigências, ordens e paixões. Não pode permanecer preservada ao culto do companheirismo-esposo em condições de inferioridade. Insurgir-se, veementemente, contra o sistema de cotas que a inferioriza e a molesta. E por que cotas apenas para as mulheres? sujeitar-se às cotas é acatar e subordinar-se a um preconceito. E por que aceitá-lo? Não! quem impôs esse sistema de cotas, aplicou um preconceito odiento contra a mulher. A mulher o aceitou humildemente como uma concessão e/ou bondade do homem. E ainda hoje intimida-se para sair dessa humilhação, que lhe foi severamente imposta e imputada.
A mulher deve lutar pela igualdade de direitos; e abominar o preconceito emanado do homem com a criação do Sistema de Cotas. Este foi implementado e/ou executado porque a mulher acatou. Não protestou. E o tolera até hoje. E por que perceber salário e/ou remuneração menor do que o do homem, com jornada de trabalho idêntica?
O homem sempre constituindo e/ou montando preconceitos à libertação da mulher. Ela protestando pouco. Quase nada, Aceitando a imposição do homem nos normativos jurídicos que lhe retraem direitos e garantias.
A mulher precisa impor-se mais; Abandonar a timidez; e prosseguir abrindo o seu vasto caminho tão largo quanto o do homem. Transpor as barreiras da constituição construídas ardilosamente pelo homem à sua liberdade de trabalho e ação em sociedade.
A condição de inferioridade, de submissão, de segunda colocada no complexo social, de esposa frágil, desde tempos hodiernos, é uma infâmia, um ardil, elaborado pelo machismo. Entretanto, a mulher reage pouco, luta pouco, contesta minimamente, a essa armadilha. E não se unem todas para extinguir essa falsidade grupal que se construiu desde muito tempo. Justamente porque a mulher não luta ferozmente, constantemente e diariamente. Acomodou-se às formalidades legais propostas pelo homem. A luta do homem contra a soberania, liberdade e os direitos da mulher; ou, como elas, talvez, apenas querem a sua ampliação é muito tímida. Extremamente grave. E frágil.
Ninguém abre mãos de direitos (ou supostamente direitos adquiridos pelo homem) de graça. É preciso ir para cima arraigadamente. Não arrefecer diante das primeiras reações e protestos. Não ter medo. Mostrar ao homem a sua arrogância, contestação e determinação para preservar direitos que lhe pertencem em igualdade com os do homem.
A mulher não precisa evidenciar a sua fragilidade, amabilidade, meiguice, sinceridade; verdade... para recuperar os seus direitos no vasto e complexo meio social. Tem que se impor ao antagonismo do homem.
O homem sempre foi muito vaidoso e impositivo ao atacar os atributos e atribuições da mulher para menosprezá-la. Inferiorizá-la. Escravizá-la. Posicioná-la na condição histórica de submissão na sociedade, dele, das leis preconceituosas, do sistema de cotas, de dona do lar, de mãe que carrega o filho por nove meses até nascer, de amamentar, de cuidar amavelmente do filho para submetê-la mais ainda à sua autoridade e arbitrária. Isso é um ardil do homem a que a mulher se submete.
E, como agente financiador das despesas caseiras, em maior parte ou única é intrépido, brutal, contumaz e arrogante perseverante. E, às vezes, perverso... Mas, muitas mulheres, lamentavelmente, ordenam esses entrelaços de amizade e amor, achando normais; mas tudo é falso. É temporário. Não prospera.
Para concluir: é certo que a reação da mulher é muito tímida ainda. Muitas mulheres têm se sobresaído no trabalho e na sociedade, porém, não basta. Não é suficiente. Elas são maioria. Têm que ir para cima muito, muitíssimo mesmo, porque o caminho aberto ainda é muito estreito, sinuoso, difícil e... Ele tem que ser alargado e ampliado.
A timidez e a submissão e a falta de perseverança, continuam presentes nessas reações da mulher para transpor as grandes barreiras antepostas, entrepostas e pospostas à ação da mulher e às armadilhas engenhosamente postas pelo homem à ampliação dos direitos e garantias individuais, coletivas e difusas da mulher.
É preciso que a mulher avance, encoraja-se mais e mais para conquistar os direitos que lhe são assegurados e foram usurpados pelo homem idênticos aos dos homens. E superar e transpor as travessias ínvias colocadas no seu caminho pelo machismo com o intuito perverso de prejudicar a mulher e submetê-la ao seu prosaico domínio perverso afetivo e físico.
Magno Pires é Membro da Academia Piauiense de Letras e o Vice-presidente, ex-Secretário da Administração do Piauí, Advogado da União (aposentado), jornalista, administrador de empresas, Portal www.magnopires.com.br, e-mail: [email protected].