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EXPLORAÇÃO DOS CERRADOS PIAUIENSES
Nenhum outro Estado do Nordeste detém uma área de 8 milhões de hectares de cerrados, das quais 6 milhões agricultáveis, como o Estado do Piauí. Nem sequer o Centro-Oeste possui área equivalente, ainda disponível, e praticamente inóspita, produtora de grãos. Exclusivamente o Piauí tem a denominada, última fronteira agrícola do país, com terras inexploradas e sujeitas a uma forte especulação imobiliária rural, onde centenas de empreendedores nacionais e estrangeiros, procuram investir, para produzir grãos, certamente a maioria, enquanto outros adquirem imensas áreas para revender e especular, em transações onde a esperteza e desonestidade beiram à insensatez. Mas, o jogo das lides comerciais, industriais e de serviços sempre foi nesse diapasão. A venda de terras, nada obstante os avanços, ainda é um comércio semifeudal, porque os elementos cartoriais ainda lidam com informações históricas imprecisas. Escrituras em que as medições e registros falam em falha de pagamento para caracterizar quantidade de hectares e posse, domínio.
Entretanto, desses 6 milhões de hectares, distribuídos em 28 municípios, com extensão territorial de 70 mil quilômetros, uma população de 220 mil habitantes aproximadamente, apenas 400 mil hectares estão produzindo e/ou explorados. Foram colhidas 1,170 milhão de toneladas de grãos, na safra 2010/2011. A produtividade é a melhor do país. A produção cresceu 718% em onze anos. E Baixa Grande do Ribeiro, ultrapassou Urucuí em produção, sendo o maior produtor de grãos dos cerrados, conforme relato do jornalista Mussolini Guedes.
Os municípios de Bom Jesus, Uruçui, Baixa Grande do Ribeiro, Redenção do Gurguéia, Santa Filomena são os pólos do agronegócio da soja e as áreas que mais se destacam e se desenvolvem. Contudo, o destaque mesmo fica para os municípios de Bom Jesus e Uruçuí, pioneirissimos no plantio de soja no Piauí. E que galvanizaram as atenções dos investidores e ainda são procurados assiduamente pelos empresários rurais da soja. São os municípios de referencia do agronegocio.
O futuro do Piauí e seu desenvolvimento econômico e social estão nos cerrados. O Norte do Estado permanecerá com as suas distorções sociais, econômicas e políticas, fonte abastecedora de votos e decisiva nas lides políticas, pelo seu conjunto eleitoral, com grande comercio, algumas indústrias (SUZANO, ANTACTICA, SUPERMERCADOS), mas os cerrados, com os seus enormes e vastos campos agrícolas fomentarão e formatarão o crescimento e o desenvolvimento do Piauí, enquanto a região não será a base territorial de um novo ente federativo que, inexoravelmente, será criado.
Compete, portanto, ao governador Wilson Martins (PSB) fazer a Transcerrados – principal obra de sua gestão, e viabilizar a infraestrutura física e social da última grande fronteira agrícola do Brasil, enquanto a enorme região, não compõe o novo Estado do Gurguéia, que também deve assegurá, para ajudar na transformação agrícola de 6 milhões de hectares disponíveis à exploração de grãos.