A explosão do navio-plataforma FPSO Cidade de São Mateus que ocorreu na tarde de ontem (11) na cidade de Aracruz, no norte do Espírito Santo, foi provocada por um vazamento de gás na casa de bombas, afirmou em nota o Sindicato dos Petroleiros do Espírito Santo. Três pessoas morreram e ao menos dez estão feridas em estado grave. Havia 74 funcionários embarcados, segundo a Petrobras
As mortes foram confirmadas pelo diretor do sindicato, Davidson Lombo. Segundo ele, há seis trabalhadores desaparecidos. Entre os feridos há duas vítimas de queimaduras graves e oito vítimas de trauma, informou a Secretaria de Estado da Saúde do Estado. Eles foram transferidos para os hospitais particulares Vitória Apart Hospital e Hospital Metropolitano.
Em nota, a Petrobras lamentou o acidente e informou que a BW Offshore, que opera o navio-plataforma, está prestando toda assistência aos funcionários e familiares. "O acidente foi controlado a partir do imediato acionamento do Plano de Emergência com a mobilização de todos os recursos necessários. As operações da plataforma foram interrompidas", diz o texto da estatal.
Cerca de 30 funcionários teriam sido retirados da plataforma, que operava nos campos de Camarupim e Camarupim Norte, a cerca de 80 quilômetros de Vitória.
Segundo a Secretaria de Saúde do Espírito Santo, o governo acionou esquema de emergência para receber feridos no aeroporto de Vitória. "A plataforma está sem comunicação. Estamos fazendo contato por meio da plataforma Vitória (próxima ao local do acidente)", disse o diretor da FUP (Departamento de Segurança da Federação Única dos Petroleiros), José Maria Rangel.
A Infraero informou que criou um plano de contingência para facilitar o embarque e o desembarque de helicópteros com vítimas no Aeroporto de Vitória. O primeiro helicóptero pousou às 15h30. Ainda segundo a assessoria da Infraero, foram solicitadas 14 ambulâncias para transportar os feridos aos hospitais mais próximos.
O navio-plataforma produziu em média 2,5 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia e 2 mil barris de petróleo por dia em dezembro, segundo Rangel. A concessão de Camarupim é operada pela Petrobras, e a de Camarupim Norte é uma parceria entre a Petrobras (65%) e a empresa Ouro Preto Energia (35%).
Fonte: Diario do Povo