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Filhinhos Substituem os pais e outros parentes


               Não apenas os filhinhos substituem os pais no parlamento. Outros parentes ficam nos lugares dos titulares nas Câmaras Municipais, na Assembleia Legislativa e na Câmara Federal. E um Senador da República quer eleger a mulher deputada federal em detrimento do próprio partido. Esse modelo politico é uma característica histórica das regiões atrasadas...politica, econômica e culturalmente. Países e regiões desenvolvidas não têm por hábito, por costume, por tradição, consolidar essa perniciosa relação entre o eleitorado ou entre a sociedade e os políticos. O Piauí insiste nesse paradigma politico. E, justamente por isso, continua o estado mais pobre do nordeste e o vigésimo terceiro do Brasil. E quando um estado, um país, uma região envereda por esse caminho, opta por essa alternativa, não costuma adotar um modelo técnico-cientifica, privilegiar as pesquisas, com o norte para desenvolvimento. O entrelaçamento familiar e a politica patrimonial emolduram as relações sócio-econômicas e culturais do Piauí legando esse atraso econômico histórico ao Estado.

               Mas, exclusivamente, os eleitores poderão mudar essa perniciosa relação do poder politico com a sociedade. Somente o eleitor poderá mudar, procurando eleger candidatos a cargos eletivos sem essa desgraçada relação. Sem esse relacionamento e/ou entrelaçamento.

               Eleger o filhinho do deputado, o irmão, o genro, o cunhado, o sobrinho e a esposa à engalfinhar-se num emaranhado de privilégios, exclusivamente pessoais, familiares, patriarcal, que apenas esse parentes recebem os frutos do detentor do mandato nessas condições. Ele, se eleito, e sempre vai, prioriza a família.

               Portanto, eleitor, apenas a você caberá a patriótica tarefa de fazer as mudanças na Assembleia Legislativa, para termos um parlamento que defenda a sociedade e cuide de seus direitos. Jamais de uma Assembleia que preserve privilégios e enriqueça filhos, irmãos, sobrinhos, cunhados, esposa...que aprofunda o subdesenvolvimento do Piauí, sem distribuição de renda.

                                                                      

Magno Pires é ex-Secretário de Administração do Estado do Piauí e Membro da Academia Piauiense de Letras – APL.