HISTÓRIAS DA AGRICULTURA DO PIAUÍ III
HISTÓRIAS DA AGRICULTURA DO PIAUÍ III
Engo. Agro. José Nerivaldo de Araújo
Comecei o ano de mil e novecentos e setenta e dois como Supervisor Regional do Escritório Regional de Teresina, que coordenava os Escritórios Locais destas cidades com os seus respectivos responsáveis: União - Engo. Agrônomo Antônio Alberto Rocha; José de Freitas – Engo. Agrônomo Carlos Roberto Machado Pimentel; Água Branca –Técnico Agrícola Celso Batista dos Santos; São Pedro do Piauí –Técnico Agrícola Cândido Costa Neto; Regeneração – Técnico Agrícola Paulo César de Morais e Amarante – Engo. Agrônomo Gonçalo Moreira Ramos. Neste mesmo ano a ANCAR –PIAUÍ, instalou na minha Região mais os Escritórios Locais de Palmeirais –Técnico Agrícola José Carlos Gomes Lira; Valença do Piauí - Engo. Agrônomo Pedro Gonçalves Vilarinho Filho; Pimenteiras - Técnico Agrícola Josimar Araújo de Lucena e Teresina - Médico Veterinário José Ferreira Nunes .O trabalho era direcionado no controle das Zoonoses animais, através de vacinações; implantações de forrageiras e melhoria dos rebanhos com aquisições de matrizes e reprodutores de raças melhoradas; implantação de pomares de laranjeiras e cajueiros e de Culturas alimentares como Arroz, feijão e milho. A cultura do Arroz se destacava nos Municípios do Médio Parnaíba; a do milho na Região de Valença do Piauí e a Fruticultura nos Municípios de União e José de Freitas. Em Teresina o trabalho era mais direcionados para a Pecuária Leiteira visando abastecer as Indústria de Laticínios da época instaladas em Teresina – PLAC e PASA. Os agricultores assistidos pela ANCAR – PIAUI, eram classificados pelo cultivo de suas áreas: de um a três hectares era pequeno produtor; de três a dez hectares era médio agricultor e acima de dez hectares eram classificados como grandes produtores. Neste extrato de Grandes Produtores eram poucos e não chegavam a cultivar cento e cinquenta hectares. Se destacavam Enoque Teixeira em Palmeirais, Zeca Macedo em Água Branca, Joel Franklim em São Pedro do Piauí e Joaquim Lima Verde em Valença do Piauí. A mecanização era feita através dos tratores alugados do Ministério da Agricultura e da Secretária da Agricultura, cujos números não chegavam a dez. Os financiamentos aos produtores eram realizados através das Agencias do Banco do Brasil de União e de Teresina. A Agência do Banco do Brasil de Teresina atendia desde Teresina até Amarante, Valença do Piauí e Pimenteiras. Várias vezes fizemos visitas aos Municípios da jurisdição do Escritório Regional com a equipe do Banco do Brasil formada por Jeremias Pereira – chefe da Carteira Agrícola, além de Raimundo Campos e José Aroldo funcionários do Banco do Brasil lotados na Carteira Agrícola, para divulgar os novos financiamentos e elaboração de Cadastro de Agricultores. Na época os juros cobrados pelo Banco do Brasil para o Setor Agrícola era de sete por cento ao ano e a inflação era de vinte por cento, o que favorecia ao Produtor Rural. Outro fator importante era os prazos para pagamentos dos Empréstimos Agrícolas: até doze anos para pagar com carência de três anos, ou seja nos três primeiros anos o Produtor Rural só pagava os juros dos Empréstimos que eram baixos. Face esta facilidade financeira o Banco do Brasil com assistência Técnica dos profissionais da ANCAR –PIAUÍ, começou a financiar tratores e implementos agrícolas, que eram comercializados através da CREMAQ , revenda de tratores Massey –Fergunson em Teresina, que era dirigida pelo Senhores José Lira, Raimundo Deusdará e Silvio Mendes. Na revenda de Insumos Agrícolas (vacinas, sementes, defensivos agrícolas, etc.) se destacavam a AGROVETE, que era dirigida pelos irmãos Edson Castro e Álvaro Castro e a CASA DO CRIADORES, que era dirigida por Karan Cury e José Dutra.
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