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Homenagens marcam centenário de Luiz Gonzaga, o Rei do Baião

Em comemoração aos 100 anos que o cantor e sanfoneiro Luiz Gonzaga faria nesta quinta-feira (13), uma série de homenagens serão realizadas. Dentre elas, o lançamento de um selo comemorativo dos Correios ao centenário do nascimento do artista, conhecido como o Rei do Baião, nas cidades de Juazeiro do Norte (CE), Recife e Exu (PE). No domingo (16), o evento será em Entre Rios (BA). O programa Segue o Som na TV Brasil, que vai ao ar as 23h00, irá apresentar um especial contando a história da vida e obra musical de Luiz Gonzaga, onde vários nomes da música brasileira interpretarão seus maiores sucessos. Também dentro das comemorações, a Empresa Brasileira de Comunicação (EBC), preparou um especial sobre o artista.   Selo Comemorativo A arte do selo confeccionado em homenagem a Luiz Gonzaga é do pernambucano Jô Oliveira, que utilizou o desenho a nanquim e a pintura para produzi-la. Na imagem, o artista utilizou vários elementos retratando a vida sertaneja do cantor e a música Asa Branca, um de seus grandes sucessos. Em primeiro plano, a imagem do cantor vestido com a tradicional roupa de vaqueiro nordestino e chapéu de couro, segurando uma sanfona. Ao alto, no canto direito, a coroa representa a majestosa obra do cantor, batizado de Rei do Baião por seus fãs. Os selos terão tiragem de 300 mil exemplares, com valor facial de R$1,20 cada, e as peças podem ser adquiridas na loja virtual dos Correios, na Central de Vendas à Distância ([email protected]) e nas agências dos Correios.   Luiz Gonzaga do Nascimento nasceu em 13 de dezembro de 1912 na cidade de Exu, em Pernambuco, filho dos lavradores Januário José Santos e Ana Batista de Jesus, esta mais conhecida como Santana. Ainda na infância, Luiz costumava ajudar o seu pai tocando zabumba em festas pela região, pegando desde cedo o gosto pela coisa. Em 1989, morria em Recife, aos 77 anos, Luiz Gonzaga, o Rei do Baião. Ele foi um dos maiores expoentes da música popular brasileira, o maior representante e o maior divulgador da música regional nordestina no País e no exterior. O amor chegou ao coração de Luiz Gonzaga causando-lhe alguns problemas. Aos 18 anos, seus pais descobriram que ele estava se envolvendo com a filha de um coronel da cidade, que dele não gostava. A surra foi grande. A tristeza por não se casar com Nazarena levou Luiz a fugir de casa e se alistar no exército em Crato, no Ceará. Após um tempo viajando pelo País como corneteiro do exército, deu baixa e foi para o Rio de Janeiro. Registros biográficos apontam que o gatilho para o crescimento da carreira de Luiz veio com a apresentação dele em um programa de Ary Barroso, em 1941, onde tocou a instrumental “Vira e Mexe”, vindo ela também a ser a sua primeira gravação. Foram cinquenta anos de carreira, com mais de 70 discos gravados. Gonzagão, como era chamado pelos muitos admiradores, criou uma obra poético-musical única. Inspirou-se tanto na vida do sertanejo forte e sofrido, quanto nos sentimentos românticos de homem sensível que foi. Se hoje se canta e dança forró de Norte a Sul do Brasil, se a música popular nordestina é objeto de estudos e cultuada por intérpretes refinados, com certeza, isso se deve a esse artista maior. Luiz Gonzaga detinha a arte de inserir melodia em enredos sobre a condição desfavorável da terra onde nasceu. Em 2012, o Brasil comemora 100 anos de nascimento de Luiz Gonzaga e celebra o legado deixado por um dos maiores ícones da história artística brasileira. Não sem consistentes motivos, a obra de Gonzaga é lembrada mesmo após 23 anos de sua morte. As suas músicas lideram rankings das mais tocadas até hoje. Acrescentam-se o ineditismo; a forma como ele conseguiu representar através de um estilo a cultura, os costumes, o jeito de seu povo. Causou revolução no imaginário brasileiro quanto ao nordeste, aproveitando o bom momento dos meios de comunicação à época e apresentando o sertão como um dos vários “brasis”. Fonte: http://www.brasil.gov.br/noticias/arquivos/2012/12/13/homenagens-marcam-centenario-de-luiz-gonzaga-o-rei-do-baiao