Blog
INCONFORMISMO POSITIVO DO GOVERNADOR
Wilson tem um inconformismo político-administrativo positivo. Não desiste facilmente dos objetivos colimados. Orientado pelo ex-governador Wellington Dias, foi a Parnaíba convidar a esposa do ex-governador Mão Santa, Adalgisa Moraes Sousa, para ser companheira de Wellington. Tarefa difícil, pois houve altercações e muita ponderação, mas Mão Santa não abriu mão, cedendo que a esposa fosse vice do líder petista. O parnaíbano relevou e até desconsiderou a formulação, por isso perdeu a oportunidade ímpar de voltar ao poder, mesmo tendo sido convidado pelo seu ex-líder na Assembléia e pelo Governador que ajudara eleger.
Regressou do litoral, certamente decepcionado com a atitude do ex-governador, porém, com a chance, também singular, de ser o futuro Chefe do Poder Executivo do Piauí. Wilson, mesmo correndo grande risco, porque tinha assegurada sua eleição para deputado, aceitou ser o eventual companheiro de Wellington na chapa majoritária.
Contudo, somente os ousados e determinados alcançam seus objetivos; justamente porque têm a coragem de correr riscos, e sem estes é impossível realizá-los. Também na condição de Wellington e querendo ser governador na seqüência da gestão petista – ponderou ao Chefe do Executivo que seria eventual candidato ao governo, em qualquer circunstância, mesmo que Wellington não se desimcompatibilizasse para concorrer ao Senado Federal. E assim aconteceu.
Wellington, após momentos de forte indecisão, de refluxo político incompreensível, deixa o governo e Wilson assume a liderança política e administrativa, cabendo-lhe a dificílima tarefa de gerenciar o Poder Executivo e liderar o processo sucessório. Mas, o fizera, com inexcedível competência e êxito, mesmo recebendo o Estado depauperado, com profundas distorções administrativas, econômicas e financeiras, sobressaindo-se o excesso de contratações de pessoal, de obras inacabadas e exponencial endividamento, com o comprometimento das finanças do Estado, num quadro-tragédia, de quase incontornável solução.
Wilson, entretanto, jamais se intimidara com esse quadro e, determinadamente, como é do seu feitio, procurou, desbravadamente, solucionar o problema geracional, herdado do ex-governador, e fixou ações e metas, embora com grande custo para resolver as distorções deixadas pelo antecessor.
O gestor tem efetivamente de decidir. Não pode titubear. Tampouco, tangenciar. Wilson não ficou perorando sobre o passado, foi em frente, para equacionar o problema grave existente. Assim, priorizou as suas metas e começou a governar, implantando um estilo gerencial semelhante ao do governo socialista de Pernambuco, Eduardo Campos, o Chefe do Executivo brasileiro melhor avaliado. Encarou firmemente as dificuldades do antecessor; resolveu inúmeras pendências; pagou diversos fornecedores em atraso; concluiu várias obras; e saldou centenas de compromissos não honrados de Wellington.
Além de concluir várias obras inacabadas do senador Wellington, priorizou as da sua gestão, concluindo e inaugurando 400 investimentos e lançando algumas para concluí-las no seu mandato. Equilibrou as finanças, aumentando as receitas públicas, por isso contratou empréstimos, embora esteja trabalhando com um orçamento positivo, mas de gerenciamento muito complicado, porque as margens de segurança, para obter o êxito preestabelecido, são pequenas, porém, como mencionei, exitosas. Wilson faz um governo pautado na exeqüibilidade do razoável, do exeqüível e possível, alcançadas pela capacidade financeira montada e moldada na sua administração.
O realismo político geracional, preconcebido e adotado na sua administração, enfoca e conduze o Estado para o estabelecimento das condições factíveis de desenvolvimento sustentável, com prioridade à infraestrutura física e social, como a construção de estradas, de energia elétrica, melhoramento da saúde...
Não foi fácil chegar até aqui. Houve muito sacrifício, muito coragem, pois só assim poderia interagir para permitir a montagem política e administrativa possível e exitosamente. Com essa postura, deverá eleger 60 prefeitos do PSB e outros mais dos partidos coligados e preparar o Estado às eleições de 2014.