Com a queda do preço dos alimentos, a inflação começa a dar trégua ao bolso do brasileiro. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) variou 0,08% em setembro – a menor taxa para o mês desde 1998.

Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e foram divulgados nesta sexta-feira (7). O resultado de setembro é também menor do que projetava o mercado financeiro e o Banco Central, que esperavam uma taxa ao redor de 0,19%.

De toda a cesta de produtos avaliada pelo IBGE, quase metade ficou mais barata em setembro ou apresentou estabilidade de preços na comparação com agosto. No total, foram 163 itens a apresentar um desempenho favorável no mês

Na média, o grupo alimentos ficou 0,29% mais barato em setembro. O instituto considerou alguns itens como os de impacto mais importante: batata-inglesa (-19,24%), leite longa vida (-7,89%), alho (-7,45%), feijão-carioca (-4,61%), hortaliças (-4,42%), feijão-preto (-3,77%) e ovos (-2,52%).

IPCA 2016

Os preços de artigos de residência (-0,23%) e transportes (-0,10%) também caíram. As passagens aéreas (-2,39%), os automóveis usados (-1,50%) e a gasolina (-0,40%) foram as principais influências nos transportes. Nos artigos de residência, as principais quedas vieram de TV, som e informática (-1,15%), e mobiliário (-0,65%).

No ano, o IPCA acumula alta de 5,51%. Em 12 meses, a taxa é de 8,48% – esse é menor valor para esse tipo de comparação desde junho do ano passado, quando estava em 8,47%. 

O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980 e se refere às famílias com rendimento monetário de um a 40 salários-mínimos. Para o cálculo do índice do mês foram coletados preços no período de 31 de agosto a 28 de setembro de 2016 (referência). Depois, esses valores foram comparados com os preços vigentes no período de 29 de julho a 30 de agosto de 2016 (base).

Fonte: Portal Brasil