Gestão

INSTABILIDADE POLÍTICO SOCIAL NA SUCESSÃO

Magno Pires

                Embora definido o pré-candidato a governador do bloco governista às eleições de 2014, o quadro sucessório apresenta uma certa instabilidade, o que efetivamente não deveria ocorrer. Por que o pré-candidato, deputado federal Marcelo Castro, é um campeã de votos e de mandatos, além de bom articulador e negociador de resultados, gestor eficiente e grande orador, atributos imprescindíveis aos políticos e que conduzem á vitória eleitoral.

                 O bloco governista é conduzido, principalmente, pela forte liderança ímpar do governador Wilson Martins (PSB), também um vitorioso em todas as campanhas eleitorais, além de gestor eficiente, determinado, audacioso, que redirecionou a politica e a administração piauiense para o gerenciamento institucional de resultados.

                A mudança institucional, política, gerencial, fiscal... com resultados, tem custado ao Chefe do Executivo alguns dissabores porque a sociedade piauiense é muito conservadora, portanto, indiferente e contraria às mudanças estruturais impostas por Wilson Martins nas áreas da educação e da saúde; e especialmente na infraestrutura de estradas, consequentemente na mobilidade urbana das principais cidades do Estado e na capital, com os Rodoaneis.

                Os piauienses jamais experimentaram a construção de tantas obras estruturantes em seu território. Os rodoanéis, por exemplo, são obras inéditas no Piauí e mudaram a feição do trafego ou do transporte, embora alguns ainda em construção e/ou andamento.

                Os servidores públicos deveriam aplaudir diariamente o governador pelos 24 planos de  Cargos, Carreiras e Salários aprovados na Assembleia e sancionados. Nenhum governador fez isso para os servidores, o que também é inédito numa gestão.

                Mas essa instabilidade psicossocial existente quanto à sucessão também é natural. A atividade política é, por natureza, instável. O PMDB, PSB, PSDB, PC do B e PR, majoritariamente, expressam sentimentos ideológicos dispares decorrentes de um conservadorismo histórico. O PC do B e o PSDB integram a coligação. O PSDB deixou de apresentar candidato para indicar o vice de Marcelo Castro e o PC do B abandonou o seu coligado tradicional, que é o PT, para juntar-se ao PMDB. Isso conduz às divergências partidárias e ocasionam a insegurança.

                Entretanto, nada obstante, essas ressalvas o pré-candidato da coligação governista, que é incansável nas negociações e acordos, com ajuda de Wilson, será vitorioso.

                Acrescente-se também a essas ponderações despretensiosas, as reafirmações do vice governador Zé Filho de cumpri todas as “transações” negociadas com Marcelo Castro e  Wilson Martins, com o objetivo de consolidar o grupo governista rumo à vitória em outubro. Zé Filho é um ativista politico ponderado, também vitorioso, que dará rumo seguro à sucessão a partir da desincompatibilização do governador Wilson Martins.

 

Magno Pires é ex-Secretário de Administração do Estado do Piauí e Membro da Academia Piauiense de Letras – APL.

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